Escatologia - Teologia 17.03

1.1-
O ALEGORISMO
O alegorismo tem suas
raízes no platonismo e no alegorismo judaico, dois de seus defensores são
Orígenes (185-254) escritor, teólogo e professor e Clemente de Alexandria que faziam parte da
escola de Alexandria. Orígenes defendia que a interpretação era dividida em
três aspectos o literal, ao nível do
corpo, o moral, ao nível da alma, e o alegórico, ao nível do espírito.
Clemente por outro lado defendia cinco pontos a serem usados para interpretação
de um texto: o histórico, o
doutrinário, o profético, o filosófico e o místico. Agostinho de Hipona
reformulou os sentidos do alegorismo e os transformou em quatro: o sentido literal, o que o texto realmente
quer dizer; o sentido moral, uma visão do texto que retratasse um ensinamento
sobre conduta; sentido alegórico, como
crer e em quem crer e de que maneira; o sentido anagógico, o que o texto
promete ou representa para o futuro. Assim vemos que agostinho ao ler um texto tinha consciência de seu sentido
literal, mas empregava outros mecanismos para que o texto dissesse mais que o
que estava escrito.
Para definirmos
o alegorismo podemos
dizer que este método
é aquele que
em lugar de
reconhecer o texto
como naturalmente se
apresenta, perverte-o dando um
sentido secundário anulando a intenção primária do escritor, um exemplo deste
tipo de interpretação está em Apocalipse 20 quando João fala a respeito de um período de mil
anos em que a teocracia seria instituída e o próprio Jesus reinaria sobre a
terra, os alegoristas ou espiritualizadores
de textos dizem
que este período
está sendo cumprido
agora pela igreja,
e os mil anos não
são literais, mas
sim espirituais. Grandes
perigos rondam a
alegorização já que esta não interpreta as Escrituras, mas dá um novo
sentido a ela baseados na imaginação do
intérprete, sendo que, como diz a regra
fundamental da hermenêutica, a Bíblia deve explicar-se por si mesma.
Por muitos motivos a
interpretação das Escrituras por alegorização deve ser rejeitada, no entanto é
importante que fique claro que num sermão usa-se de alegorias para trazer um ensino à igreja
dentro de um texto que às vezes foge do seu sentido literal, porém isso é
permitido, pois se trata apenas da
aplicação de conceitos contidos no texto em uso, o que não se permite é
estabelecer doutrinas baseadas em textos alegorizados como o exemplo acima citado que perverte um ensino bíblico com
uma interpretação mística de um texto que não poder ser compreendido de outra
maneira senão literalmente. É
importante ressaltar que o método alegórico trata-se de um sistema usado
para interpretar a bíblia e nada tem a ver com alegorias existentes nas
Escrituras.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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