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2 de dezembro de 2013

Escatologia - Teologia 17.03 - O Alegorismo

Escatologia - Teologia 17.03


1.1-  O ALEGORISMO

O alegorismo tem suas raízes no platonismo e no alegorismo judaico, dois de seus defensores são Orígenes (185-254) escritor, teólogo e professor e   Clemente de Alexandria que faziam parte da escola de Alexandria. Orígenes defendia que a interpretação era dividida em três aspectos o literal, ao nível do   corpo, o moral, ao nível da alma, e o alegórico, ao nível do espírito. Clemente por outro lado defendia cinco pontos a serem usados para interpretação de um   texto: o histórico, o doutrinário, o profético, o filosófico e o místico. Agostinho de Hipona reformulou os sentidos do alegorismo e os transformou em quatro:   o sentido literal, o que o texto realmente quer dizer; o sentido moral, uma visão do texto que retratasse um ensinamento sobre conduta; sentido alegórico,   como crer e em quem crer e de que maneira; o sentido anagógico, o que o texto promete ou representa para o futuro. Assim vemos que agostinho ao ler um   texto tinha consciência de seu sentido literal, mas empregava outros mecanismos para que o texto dissesse mais que o que estava escrito.

Para  definirmos  o  alegorismo  podemos  dizer  que  este  método  é  aquele  que  em  lugar  de  reconhecer  o  texto  como  naturalmente  se   apresenta,   perverte-o dando um sentido secundário anulando a intenção primária do escritor, um exemplo deste tipo de interpretação está em Apocalipse 20 quando   João fala a respeito de um período de mil anos em que a teocracia seria instituída e o próprio Jesus reinaria sobre a terra, os alegoristas ou espiritualizadores   de  textos  dizem  que  este  período  está  sendo  cumprido  agora  pela  igreja,  e  os  mil  anos  não  são  literais,  mas  sim  espirituais.  Grandes  perigos  rondam  a   alegorização já que esta não interpreta as Escrituras, mas dá um novo sentido a ela baseados na  imaginação do intérprete, sendo que, como diz a regra   fundamental da hermenêutica, a Bíblia deve explicar-se por si mesma.

Por muitos motivos a interpretação das Escrituras por alegorização deve ser rejeitada, no entanto é importante que fique claro que num sermão usa-se   de alegorias para trazer um ensino à igreja dentro de um texto que às vezes foge do seu sentido literal, porém isso é permitido, pois se trata apenas da   aplicação de conceitos contidos no texto em uso, o que não se permite é estabelecer doutrinas baseadas em textos alegorizados como o exemplo acima    citado que perverte um ensino bíblico com uma interpretação mística de um texto que não poder ser compreendido de outra maneira senão literalmente. É   importante ressaltar que o método alegórico trata-se de um sistema usado para interpretar a bíblia e nada tem a ver com alegorias existentes nas Escrituras.



Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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