História De Israel – Teologia 31.308
(2º Parte Livro 2)
CAPÍTULO 5
GRANDE REVOLUÇÃO EM JERUSALÉM, PELO MAU PROCEDIMENTO DE SABINO, DURANTE O TEMPO EM QUE ARQUELAU ESTAVA EM ROMA. *
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* Este registro também se encontra no Livro Décimo Sétimo, capítulo 12, Antigüidades judaicas, Parte I.
143. Antes que Augusto tivesse terminado esta questão, Maltacé, mãe de Arquelau, caiu enferma e morreu. Ele soube por meio de cartas vindas da Síria, que depois da partida de Arquelau, haviam sucedido grandes perturbações na Judéia. Varo, que as tinha previsto, havia partido rapidamente para manter a ordem, mas vendo que os ânimos estavam muito exaltados, quis esperar para depois acalmá-los completamente e havia voltado para Antioquia, tendo deixado em Jerusalém uma das três legiões que trouxera da Síria.
144. Sabino, fortalecido com essas tropas, além de que já tinha soldados, por ele mesmo armados, deu motivo, por suas violências e por sua ambição, a novas rebeliões, quer querendo obrigar os que comandavam as fortalezas a entregá-las, quer pelo rigor que empregava em descobrir onde estava o dinheiro deixado por Herodes. Os judeus ficaram com isso tão irritados, que durante a festa de Pentecostes, à qual se deu esse nome, porque se realiza durante sete vezes sete dias, não foi tanto sua devoção como seu ódio por Sabino que os fez vir a Jerusalém. Lá se reuniu uma multidão enorme, não somente de todos os lugares da Judéia, mas da Galileia, da Iduméia, de Jerico e de além do Jordão. Dividiram-se em três grupos para cercar os romanos de todos os lados: um do lado do norte, outro do lado do sul, na direção do hipódromo e o terceiro do lado do ocidente, onde estava o palácio real.
Sabino, espantado por vê-los em tão grande número e tão resolvidos a atacá-lo, enviou a Varo uns emissários para pedir-lhe que o socorresse com urgência, se ele não queria, demorando-se muito, ver perecer a legião que lá tinha deixado. E fazia sinal com a mão aos romanos do alto da torre que Herodes tinha feito construir chamada Fazaela, em honra de Fazael, seu irmão, morto pelos partos — que fizessem uma incursão contra os judeus. Os romanos fizeram o que ele desejava; atacaram o Templo e o combate foi renhido. Enquanto os romanos não foram perturbados pelos dardos lançados do alto, sua experiência na guerra lhes deu vantagem contra os inimigos, embora estes fossem em tão grande número. Mas quando os judeus subiram aos pórticos do Templo de onde lhes lançavam dardos, vários romanos foram mortos, sem que eles, debaixo, pudessem atingi-los e sem poder combater corpo-a-corpo. Por fim, os romanos, não podendo mais suportar que os inimigos levassem vantagem, incendiaram os pórticos que, pelo tamanho e por seus admiráveis adornos, eram o orgulho dos judeus. Estes, surpreendidos com tamanha mudança, sentindo já o calor do fogo, não puderam fugir e muitos morreram queimados. Vários foram mortos pelas chamas, outros caíam do alto e eram mortos pelos romanos, outros precipitavam-se para escapar do fogo e outros ainda suicidavam-se para não serem presos pelos romanos, preferindo morrer pelo ferro do que pelo fogo. Os que tinham meio de escapar, desciam aterrorizados, incapazes de resistir, eram imediatamente mortos, sem piedade. Assim morreram ou fugiram todos e ninguém mais podia defender os tesouros de Deus e os romanos saquearam tudo, levando quarenta talentos e Sabino levou o restante.
A morte de tanta gente e esse saque do tesouro sagrado reuniu contra os romanos um número de valentes judeus muito maior que o primeiro. Eles os cercaram no palácio real com ameaças de não perdoar a um só, se eles não abandonassem imediatamente a praça. Prometeram que, se se retirassem, não lhes causariam mal algum, nem a Sabino nem aos que com ele saíssem, dentre os quais, além da legião romana, estava a maior parte dos homens da corte e três mil dos mais valentes do exército de Herodes, cuja cavalaria estava sob o comando de Rufo e a infantaria, de Grato, tão ilustres por seu valor e por seu proceder, que mesmo quando ninguém mais houvesse para comandar, somente sua presença poderia fortalecer de muito o partido dos romanos. Os judeus prosseguiram então a sua empresa com extremo ardor, procurando derrubar as muralhas, gritando ao mesmo tempo a Sabino que se retirasse, sem se opor mais à resolução que eles haviam tomado de reconquistar a liberdade. Ele estava muito disposto a isso, mas como não ousava confiar na palavra deles, e atribuía a proposta que lhe faziam à intenção de enganá-lo, além de que estava esperando auxílio de Varo, resolveu pois continuar a manter o cerco.
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