Escatologia - Teologia 17.15
2.5-
NOVA ALIANÇA
Esta com certeza é
das quatro a que traz mais dúvidas e questionamentos, no entanto quando
averiguamos as Escrituras todos desencontros se dissipam. Deus havia estabelecido uma aliança com
Moisés (Ex. 19:1-25), nela foram prometidos benefícios exclusivos à nação de
Israel, entretanto esta aliança era
temporária, e assim é chamada em Hebreus 8:13, por isso em Jeremias
31:31-33, Deus promete uma nova e definitiva aliança, chamada de eterna em
Is 61:8, na qual eram prometidas
bênçãos materiais e espirituais definitivas para Israel. O texto de Jeremias
31:31-40 diz o seguinte:
Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR. Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o SENHOR; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais
me lembrarei dos seus pecados. Assim diz o SENHOR, (...)
esta cidade será reedificada para o SENHOR, desde a Torre de Hananel até à
Porta da Esquina.(...) Esta Jerusalém
jamais será desarraigada ou destruída.
O
resumo desta promessa de aliança é:
1. A
promessa de uma nova e futura aliança;
2. Esta
promessa é exclusiva a Israel e a casa de Judá;
3. Uma
conversão real e definitiva;
4. Comunhão
eterna entre Deus e Israel;
5. Perdão
dos pecados e esquecimento dos mesmos por parte de Deus;
6. Jerusalém
será reedificada e eternizada.
Encontramos
uma repetição desta aliança em Ezequiel 37:21-28, os termos são os mesmos,
porém destacamos os versos 26 e 27 que dizem:
Farei com eles
aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e
porei o meu santuário no meio deles, para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu
Deus, e eles serão o meu povo.
O escritor de Hebreus defende o sacerdócio de
Cristo como sendo o mediador da nova aliança (Hb 8:6) e diz que a primeira
aliança era ineficaz, falando da
mosaica, que, portanto, deveria ser substituída por uma eficaz e eterna
(Hb 8:7,13). O escritor continua no capítulo 9 a discorrer o assunto dizendo
que Moisés ao receber a lei (aliança)
aspergiu sangue sobre o povo, sobre o tabernáculo e os vasos do ministério
(v.19-21) “dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós
outros”. E complementa dizendo que “quase todas as coisas, segundo a lei,
se purificam com sangue; e, sem
derramamento de sangue, não há remissão”. O fato é que ano após ano
haveria de fazer novos sacrifícios para se alcançar o “perdão” dos pecados, tornando esta aliança incompleta, ou,
como diz o escritor, ”uma sobra de bens futuros”. Jesus sendo o próprio
sacrifício aceitável diante de Deus, (Hb 9:
11-17) tornou-se o mediador desta aliança, tornado-a perfeita e
completa.
Um
problema surge quando observamos que esta, como todas as outras, foram feitas
com Israel e a Casa de Judá e não com a igreja, isso quer dizer que
esta
não pode cumprir a aliança pois apenas Israel e Judá o poderiam fazer. Vemos na
proclamação da aliança Deus dizer “Eis que dias vêm, diz o SENHOR,
em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com
a casa de Judá”. O
caso é que os amilenistas dizem que a igreja hoje cumpre esta aliança tornando desnecessário um milênio
literal, no entanto é impossível, pois, aqueles que crêem no sacrifício de
Jesus pela fé, são, como diz o apóstolo
Paulo, enxertados (Rm 11:24),
não são ramos naturais, a relação que existe entre a igreja e a nova
aliança, é apenas de beneficiamento por parte da igreja, esta participa de suas bênçãos, porém, não
pode cumpri-la. Nos pontos da aliança vistos anteriormente fica claro que na
nova aliança, Deus estabeleceria um
novo relacionamento com Israel, devolvendo-lhe Jerusalém, permitindo sua
reedificação definitiva e prometendo estar no meio deles. Todos os pontos desta aliança são também definitivos e
eternos, e isto, até hoje nunca se viu acontecer na nação de Israel, o porque
tem resposta simples, a aliança é
futura para eles.
João em seu Evangelho fala
da oportunidade que a nação teve em estabelecer a nova aliança e com ela o
reino messiânico, dizendo que Jesus “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”,
a questão é que Deus tinha um propósito específico que era o de incluir os
gentios em seu plano de salvação. “Eu,
o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e
te farei mediador da aliança com o povo (Israel) e luz para os gentios (igreja)
(Is 42:6). Estes gentios se
tornaram a igreja, sendo então, participantes das bênçãos espirituais da
aliança através da fé no mediador dela, Jesus Cristo”.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os
quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.(Jo 1:12)
A conclusão é que o
milênio é literal, ao contrario do que dizem os amilenistas, e necessário, pois
nele a nova aliança será estabelecida em Israel e Deus cumprirá todos os desígnios desta aliança,
como também das outras. Os pormenores referentes ao milênio serão abordados
mais adiante.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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