História De Israel – Teologia 31.313
(2º Parte Livro 2)
CAPÍTULO 10
DE UM IMPOSTOR QUE SE DIZIA ALEXANDRE, FILHO DE HERODES, O GRANDE. AUGUSTO MANDA-O PARA AS GALÉS. *
_________________________
* Este registro também se encontra no Livro Décimo Sétimo, capítulo 14, Antigüidades Judaicas, Parte I.
149. Ao mesmo tempo, quando Augusto ultimava o que se referia à sucessão de Herodes, um judeu de Sidom, da casa do liberto de um cidadão romano, intentou apoderar-se do trono, pela semelhança que tinha com Alexandre que o rei Herodes, seu pai, tinha feito morrer e resolveu ir a Roma para esse fim. Com o propósito de conseguir o que intentava, ele se serviu de um judeu, que tinha um conhecimento quase perfeito de tudo o que se passara na família de Herodes. Orientado por esse indivíduo, ele dizia que os homens enviados para matá-lo, com Aristóbulo, seu irmão, haviam tido compaixão deles e os haviam salvado e colocado outros em seu lugar.
Ele foi primeiramente à ilha de Creta, onde persuadiu a todos os judeus, aos quais falou; deles recebeu considerável auxílio e passou depois à ilha de Meios, onde todos o receberam com grandes honras; vários embarcaram com ele para acompanhá-lo até Roma. Desembarcando em Puteolo, os judeus que lá moravam e particularmente os que estimavam Herodes dirigiram-se a ele e deram-lhe muitos presentes e já o consideravam como rei, porque se assemelhava muito com Alexandre, tanto que os que o conheciam e haviam conversado com ele estavam persuadidos disso, isto é, de que era ele mesmo em pessoa, não temendo mesmo afirmá-lo com juramento.
Quando chegou a Roma, todos os judeus que lá moravam, reuniram-se de tal modo para recebê-lo, que as ruas por onde ele passava ficaram repletas; os de Meios haviam concebido tanta estima por ele, que o levavam numa cadeira feita à moda de uma liteira e tudo faziam para tratá-lo como rei.
Embora Augusto, que conhecia mui particularmente a Alexandre, pois o vira diversas vezes, tenha se persuadido logo de que aquele homem era um impostor, julgou dever reservar algo a uma esperança, cujo efeito lhe teria sido muito agradável. Mandou um certo Celado, que conhecia muito bem Alexandre, trazer aquele indivíduo ao palácio, pois todos afirmavam ser ele mesmo. Celado,** ao vê-lo, reconheceu, por diversos traços, a diferença entre as duas pessoas e verificou que se tratava mesmo de um espertalhão. Estas eram as principais diferenças: a rudeza da pele e o rosto servil, que nada tinham de grande e de nobre. Admirou-se, porém, muito, da ousadia com a qual ele falava, pois tendo-lhe perguntado o que era feito de Aristóbulo, seu irmão, respondeu que ele tinha ficado na ilha de Chipre, para segurança comum, porque ninguém atentaria contra eles tão facilmente, se estivessem separados. Celado levou-o então à parte e disse-lhe que garantia obter do imperador que lhe conservasse a vida, contanto que ele lhe declarasse quem era o autor daquela estúpida mistificação. Estas palavras encheram-no de temor. Ele prometeu confessar a verdade e Celado levou-o imediatamente a Augusto, ao qual ele citou o judeu, que se servira de sua semelhança com Alexandre, para tirar disso grande proveito, pois havia recebido muito dinheiro de vários judeus, aos quais havia enganado, tanto quanto não teriam dado ao mesmo Alexandre se estivesse vivo. Augusto riu-se da farsa, condenou aquele falso Alexandre às galés, à qual seu tamanho e sua força tornavam bem apto e mandou matar o impostor que o havia induzido àquela mistificação; quanto aos judeus que se haviam deixado enganar, ele julgou que todo o dinheiro que tinham empregado tão mal, já era um grande castigo de sua loucura.
___________________________
** Antigüidades Judaicas, Parte I, diz que foi Augusto que reconheceu o impostor.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario