História De Israel – Teologia 31.123
Livro Décimo Primeiro
CAPÍTULO 1
CIRO, REI DA PÉRSIA, PERMITE QUE OS JUDEUS VOLTEM AO SEU
PAÍS E RECONSTRUAM JERUSALÉM E O TEMPLO.
436. Esdras 1 e Neemias 3. No primeiro ano do reinado de
Ciro, rei dos persas, setenta anos depois que as tribos de Judá e de Benjamim
foram levadas escravas para a Babilônia, Deus, tocado de compaixão pelo
sofrimento delas, realizou o que havia predito pelo profeta Jeremias, antes
mesmo da ruína de Jerusalém: que, passados setenta anos em dura escravidão, sob
Nabucodonosor e seus descendentes, voltaríamos ao nosso país, reconstruiríamos
o Templo e desfrutaríamos a nossa primeira felicidade. Assim, pôs Ele no
coração de Ciro escrever uma carta e enviá-la por toda a Ásia. Eis o que
declara o rei Ciro: "Cremos que o Deus Todo-poderoso, que nos constituiu
rei de toda a terra é o Deus que o povo de Israel adora, pois Ele predisse por
meio de seus profetas que nós traríamos o nome que trazemos e reconstruiríamos
o Templo em Jerusalém, na Judéia, consagrado à sua honra".
Esse soberano falava assim porque lera nas profecias de
Isaías, escritas duzentos e dez anos antes que ele tivesse nascido e cento e
quarenta anos antes da destruição do Templo, que Deus lhe tinha feito saber que
constituiria a Ciro rei sobre várias nações e inspirar-lhe-ia a resolução de
fazer o povo voltar a Jerusalém para reconstruir o Templo. Essa profecia
causou-lhe tal admiração que, desejando realizá-la, mandou reunir na Babilônia
os principais dos judeus e anunciou que lhes permitia voltar ao seu país e
reconstruir a cidade de Jerusalém e o Templo, que eles não deveriam duvidar de
que Deus os auxiliaria nesse desígnio e que escreveria aos príncipes e
governadores de suas províncias vizinhas da judéia para que lhes fornecessem o
ouro e a prata de que iriam precisar e as vítimas para os sacrifícios.
Depois desse favor, os chefes das tribos de Judá e de
Benjamim dirigiram-se imediatamente a Jerusalém com sacerdotes e levitas. Os
que não quiseram deixar os seus bens ficaram na Babilônia. Chegaram depois os
nobres aos quais o rei havia escrito e contribuíram com ouro e prata. Alguns
deram-lhe animais, como cavalos. Outros, que haviam feito votos, ofereciam
sacrifícios solenes para cumpri-los, tal como fariam se tivessem de começar a construir
a cidade e realizar pela primeira vez as cerimônias que nossos pais observavam.
Ciro restituiu nesse mesmo tempo os vasos sagrados tomados
do Templo no reinado de Nabucodonosor e que haviam sido levados para a
Babilônia. Encarregou disso Mitredate, seu tesoureiro-mor, com ordem de
confiá-los aos cuidados de Sesbazar, para os que guardasse até que o Templo
fosse reconstituído e os entregasse então aos sacerdotes e aos principais dos
judeus, para que fossem recolocados no Templo.
Escreveu também esta carta aos governadores da Síria:
"O rei Ciro, a Sisina* e a Sarabazam, saudação. Nós permitimos a todos os
judeus que moram em nosso território e que quiserem voltar ao seu país que para
lá se retirem com toda liberdade e reconstruam a cidade de Jerusalém e o Templo
de Deus. Enviamos Zorobabel, seu príncipe, e Mitredate, nosso tesoureiro-mor,
para que lhe lancem os alicerces e o elevem à altura de sessenta côvados, com a
mesma largura, e três ordens de pedras polidas e uma da madeira que existe
naquela província. Quere-mos também que lá se erga um altar para se oferecerem
sacrifícios a Deus e entendemos que todas as despesas sejam feitas por nossa
conta. Restituímos também, por meio de Mitredate e de Zorobabel, os vasos
sagrados que o rei Nabucodonosor retirou do Templo, para que lá sejam
recolocados. Seu número é de cinqüenta bacias de ouro e quatrocentas de prata;
cinqüenta vasos de ouro e quatrocentos de prata; cinqüenta baldes de ouro e
quinhentos de prata; trinta grandes pratos de ouro e trezentos de prata; trinta
grandes taças de ouro e duas mil e quatrocentas de prata; e, além disso, mil
outros grandes vasos. Concedemos ainda aos judeus as mesmas rendas de que seus
predecessores desfrutavam e lhes damos como compensação animais, vinho e óleo,
duzentas e cinco mil e quinhentas medidas de trigo, que queremos que sejam
tomadas nas terras de .Samaria. Os sacerdotes oferecerão a Deus todas as
vítimas em Jerusalém, segundo a lei de Moisés, e rogarão pela nossa
prosperidade, pela de nossos descendentes e pelo império dos persas. E, se
alguns forem tão obstinados que não queiram obedecer às nossas ordens, queremos
que sejam crucificados e que os seus bens sejam confiscados em nosso
proveito". Era o que diziam as cartas de Ciro. O número de judeus que voltaram
a Jerusalém foi de quarenta e dois mil quatrocentos e sessenta e dois.
_________________
* Ou Tatenai.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario