História De Israel – Teologia 31.15
CAPÍTULO 15
ABRAÃO DESPOSA QUETURA, DEPOIS DA MORTE DE SARA. FILHOS QUE
TEVE
DELA E SUA POSTERIDADE. FAZ SEU FILHO ISAQUE CASAR-SE COM
REBECA,
FILHA DE BETUEL E IRMÃ DE LABÃO.
41. Gênesis 25.
Abraão, depois da morte de Sara, desposou Quetura e teve dela seis filhos,
todos infatigáveis no trabalho e muito ativos. Chamavam-se Zinrã, jocsã, Meda,
Midiã, Isbaque e Suá.
Jocsã teve dois filhos, Seba e Dedã, o qual teve Assurim,
Letusim e Leumim. Midiã teve cinco filhos: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda.
Abraão aconselhou a todos que se fossem estabelecer em outros países. Eles
ocuparam a Troglodita e toda aquela parte da Arábia Félix que se estende até o
mar Vermelho. Diz-se também que Efer, de que acabamos de falar, apoderou-se da
Líbia por meio das armas e que os seus descendentes lá se estabeleceram e a
chamaram com o nome dele: África, o que Alexandre Poliistor confirma com estas
palavras: "O profeta Cleodemas, cognominado Malque, que a exemplo do
legislador Moisés escreveu a história dos judeus, diz que Abraão teve de
Quetura, dentre outros filhos, a Afram, Sur e lafram: Sur deu o seu nome à
Síria, Afram à cidade Afra e lafram à África, e que eles combateram na Líbia
contra Anteu, sob o comando de Hércules". Ele acrescenta que Hércules
desposou a filha de Afram e que dela teve um filho de nome Deodoro, o qual foi
o pai de Sofo, que deu nome aos sofácios.
42. Cênesis 24. Isaque tinha mais ou menos quarenta anos
quando Abraão pensou em casá-lo, lançando vistas sobre Rebeca, filha de Betuel,
que era filho de Naor, seu irmão. Em seguida, ele escolheu para ir pedi-la em
casamento o mais amigo dentre os seus servidores, ao qual obrigou por
juramento, fazendo-o pôr a mão sob a sua coxa, executar tudo o que ele lhe ia
ordenar. Deu-lhe presentes raros, que seriam admirados num país onde ainda nada
fora visto de semelhante. Esse fiel servidor demorou-se muito tempo antes de
chegar à cidade de Harã, porque lhe foi necessário atravessar a Mesopotâmia,
onde havia grande quantidade de ladrões, onde os caminhos são muito difíceis no
inverno e onde se sofre muito no verão, pela dificuldade em se encontrar água.
Quando chegou aos arredores da cidade, avistou várias moças,
que iam ao poço buscar água. Rogou então a Deus que, se fosse a sua vontade que
Rebeca desposasse o filho de seu senhor, fizesse com que ela se encontrasse
entre as moças e que, recusando-se as outras a lhe darem de beber, ele pudesse
conhecê-la pelo ato de gentileza com que o atenderia. Aproximou-se em seguida
dos poços e rogou às moças que lhe dessem água. Todas responderam que era muito
difícil tirá-la e que dela também precisavam, não podendo assim atendê-lo.
Rebeca, ouvindo-as falar assim, disse-lhes que elas eram bem indelicadas por
recusar aquele favor a um estrangeiro e ao mesmo tempo ofereceu-lhe água com
grande bondade.
Tão favorável início deu ao prudente servidor esperanças de
que a sua viagem lograsse bom êxito. Ele agradeceu-lhe e, para ter ainda maior
certeza de suas conjecturas, rogou-lhe que dissesse quem eram os que tinham a
ventura de tê-la por filha. A isso acrescentou que desejava que Deus lhe
fizesse a graça de encontrar um marido digno dela, ao qual desse filhos que lhe
herdassem a virtude. A sensata donzela respondeu-lhe, com a mesma gentileza,
que se chamava Rebeca, que seu pai era Betuel e que depois da morte deste
Labão, seu irmão, passara a cuidar dela, de sua mãe e de toda a sua família.
Então o servo, vendo com grande alegria não haver mais
dúvida de que Deus o assistia no desempenho de sua missão, ofereceu a Rebeca
uma cadeia e outros ornamentos próprios para donzelas e rogou-lhe que os
recebesse como um sinal de gratidão pelo favor que ela, dentre todas as moças,
tivera a bondade de lhe prestar. Suplicou-lhe em seguida que o levasse à casa
de seus parentes, porque a noite já se aproximava e, trazendo ele objetos de
muito valor, julgava não haver melhor lugar onde guardá-los do que na casa
dela. Disse ainda que, julgando da virtude de seus familiares pela que via
nela, não duvidava de que o receberiam, pois não pretendia ser-lhes de peso:
pagaria todas as despesas.
Ela respondeu-lhe que ele não errava fazendo boa idéia de
seus parentes, mas não lhes fazia muita honra ao pensar que eles seriam capazes
de receber alguma coisa por lhe darem hospedagem, pois cumpriam de muito boa
mente o dever da hospitalidade. Iria em seguida falar com o irmão e o traria
imediatamente, para se entenderem. Ela foi para casa e fez o que havia prometido.
Labão ordenou aos servos que cuidassem dos camelos e convidou o hóspede para
jantar.
Quando terminaram a refeição, o servo de Abraão disse-lhe:
"Abraão, filho de Terá, é vosso parente". Depois, dirigindo-se à mãe
de Rebeca, acrescentou: "Naor, avô dos filhos de quem sois a mãe, era
irmão de Abraão. Abraão é meu senhor. Ele mandou-me até vós para pedir em
casamento esta moça para o seu único filho, herdeiro de todos os seus bens. Ele
poderia ter escolhido uma das donzelas mais ricas de seu país, mas julgou
melhor prestar essa homenagem aos de sua descendência, em vez de se aliar aos
de uma nação estrangeira. Secundai, por favor, o seu desejo, e com tanto maior
alegria, pois isso é, sem dúvida, conforme a vontade de Deus, que, além da
assistência que me prestou na viagem, me fez encontrar com rara felicidade esta
virtuosa donzela e a vossa casa. Tendo, ao chegar, encontrado diversas moças
que iam tirar água do poço, desejava eu uma que fosse do seu número e que a
pudesse conhecer, e assim aconteceu. Portanto, tendo Deus vos feito ver que
esse casamento lhe agrada, poderíeis recusar o vosso consentimento e não
conceder a Abraão o pedido que vos faz por meu intermédio?"
Uma proposta tão vantajosa e da qual Labão e sua mãe não
podiam duvidar que de era agradável a Deus foi recebida por eles com uma
satisfação inimaginável. Então enviaram Rebeca, e Isaque a desposou, estando já
de posse de todos os bens de seu pai, pois os filhos que Abraão tivera de
Quetura haviam ido se estabelecer em outras províncias.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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