História De Israel – Teologia 31.13
CAPÍTULO 13
ABRAÃO, PARA OBEDECER À ORDEM DE DEUS, OFERECE-LHE O FILHO
ISAQUE EM SACRIFÍCIO. DEUS, PARA RECOMPENSAR-LHE A FIDELIDADE, CONFIRMA-LHE
TODAS AS PROMESSAS.
39. Gênesis 22. Nada se poderia acrescentar à ternura que
Abraão tinha para com Isaque, tanto porque era o único filho quanto porque lhe
fora concedido por Deus em sua velhice. E Isaque, por sua vez, praticava com
tanto entusiasmo toda espécie de virtudes, servia a Deus com tanta fidelidade e
prestava a seu pai tantos serviços que dava a Abraão todos os dias novos
motivos para amá-lo. Assim, Abraão só pensava em morrer, e seu único desejo era
deixar aquele filho como seu sucessor. Deus concedeu o que Abraão desejava, mas
antes quis experimentar a sua fidelidade. Apareceu-lhe e, depois de haver-lhe
lembrado as graças particulares com que sempre o favorecera, as vitórias que o
haviam feito conquistar os inimigos e a prosperidade com que o brindara,
ordenou-lhe que lhe sacrificasse o filho Isaque sobre o monte Moriá e assim
testemunhasse, por aquele ato de obediência, que ele preferia a vontade divina
ao que ele tinha de mais caro no mundo.
Estando Abraão persuadido de que nenhuma consideração
poderia dispensá-lo de obedecer a Deus, a quem todas as criaturas são devedoras
da própria existência, nada disse à sua esposa nem a qualquer outro de seus
familiares sobre a ordem que havia recebido de Deus ou acerca da resolução de
executá-la, com medo que eles se esforçassem para dissuadi-lo de seu propósito.
Disse somente a Isaque que o seguisse, acompanhado por dois criados, e mandou
colocar sobre um jumento todas as coisas de que necessitava para o sacrifício.
Após haver caminhado durante dois dias, avistaram o monte que Deus lhe havia
indicado. Deixou então os dois criados no sopé do monte e subiu-o so-mente com
Isaque (no cimo desse monte o rei Davi, mais tarde, fez construir um Templo).
Levou para lá tudo o que precisavam, exceto a vítima, para o sacrifício. Isaque
tinha então vinte e cinco anos. Ele preparou o altar, mas, não vendo vítima
alguma, perguntou ao pai quem ele queria sacrificar. Abraão respondeu-lhe que
Deus, que pode dar aos homens todas as coisas que lhes faltam e tirar-lhes as
que já possuem, dar-lhes-ia uma vítima, se se dignasse aceitar o sacrifício
deles.
Depois de haver colocado a lenha sobre o altar, Abraão falou
a Isaque: "Meu filho, eu vos pedi a Deus com muita insistência e muitas
orações. Não houve cuidado que eu não tivesse tido de vós, desde que viestes ao
mundo, e eu consideraria como realizados todos os meus votos se vos visse
chegar a uma idade muito avançada e deixar-vos, ao morrer, como herdeiro de
tudo o que possuo. Mas, como Deus, depois de vos ter dado a mim, quer agora que
eu vos perca, consenti generosamente em oferecer-vos a Ele em sacrifício.
Prestemos-Ihe, meu filho, esse ato de obediência e essa honra como testemunho
de nossa gratidão pelos favores que Ele nos fez na paz e pela assistência que
nos deu na guerra. Como nascestes para morrer, que fim vos pode ser mais
glorioso do que ser oferecido em sacrifício por vosso próprio pai ao soberano
Senhor do universo, que, em vez de terminar a vossa vida por uma doença, numa
cama, ou por uma ferida na guerra, ou por algum outro acidente, aos quais os
homens estão sujeitos, vos julga digno de entregar-lhe a alma no meio de
orações e sacrifícios, de modo a ficar para sempre unida a Ele? Consolareis
assim a minha velhice, dando-me a assistência de Deus em lugar da que eu devia
receber de vós, depois de vos ter educado com tanta diligência".
Isaque, filho digno de tão admirável pai, escutou essas
palavras não somente sem se admirar, mas até com alegria, e respondeu-lhe que
ele teria sido indigno de nascer se se recusasse a obedecer à vontade de seu
pai, principalmente quando ela estava de acordo com a de Deus. Assim dizendo, colocou-se
ele mesmo sobre o altar, para ser imolado. Esse grande sacrifício ter-se-ia
realizado se Deus mesmo não o tivesse impedido. Ele chamou Abraão pelo nome e
proibiu-o de matar o filho, dizendo-lhe que havia ordenado o sacrifício não
para tirá-lo depois de o haver concedido ou porque sentia prazer em ver
derramar sangue humano, mas somente para lhe experimentar a obediência. Agora,
vendo com quanto zelo e fidelidade fora obedecido, aceitava o sacrifício e
garantia-lhe, como recompensa, que jamais deixaria de assistir a ele e a toda a
sua descendência. Quanto ao filho que lhe fora oferecido e que iria restituir,
viveria feliz e por muito tempo, e a sua posteridade seria ilustre por uma
longa série de homens valentes e virtuosos, que submeteriam pelas armas todo o
país de Canaã. A fama deles tomar-se-ia imortal. As suas riquezas seriam tão
grandes e a sua felicidade tão extraordinária que eles seriam invejados por
todas as outras nações.
Concluído esse oráculo, Deus fez aparecer um carneiro, para
ser oferecido em sacrifício. Aquele pai fiel e seu filho sensato e feliz
abraçaram-se, no auge da alegria, pela grandeza das promessas, terminaram o
sacrifício e voltaram para encontrar Sara. Deus, fazendo prosperar todos os
seus desígnios, cumulou de felicidade todo o restante da vida de Abraão.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario