Escatologia - Teologia 17.43
4.1.1- O problema dos sinais
Existe uma grande
dificuldade para qualquer que se deter a estudar Mateus 24, pois este capítulo
trata de assuntos de acontecimentos breves, mas também de acontecimentos mais distantes,
Jesus faz comentário de sua volta a terra e também de juízos vindouros, todos os
assuntos se misturam no decorrer do
discurso trazendo dificuldade de interpretação. O que nos cabe é buscar a
melhor harmonização possível dos textos sem ferir o contexto, numa busca das verdades escatológicas.
Existem basicamente três teorias a respeito dos sinais de Mateus 24 1:15, que
são:
a) Os sinais apontam apenas para a destruição
de Jerusalém
Esta
é defendida pelos amilenistas que dizem ser os sinais, a resposta de Jesus a
respeito da destruição do templo e da cidade, a qual se cumpriu no ano
70d.C.
Os fato de Jesus
iniciar sua resposta aos discípulos dando-lhes sinais, isso não indica que
estes se referiam a destruição do templo, já que a pergunta também era com respeito a sua volta. Também
podemos destacar que predições feitas por Jesus não se cumpriram naquele tempo,
como, por exemplo,
terremotos em grande escala, guerras mundiais (v.7), e
muito menos a pregação do evangelho em todo o mundo vindo após isso o fim
(v.14). Portanto é impossível afirmar
que os sinais indicam a destruição de Jerusalém.
b) Os sinais
apontam para o
arrebatamento da igreja,
estes vem se
cumprindo ao longo
dos anos, porém
tendo se intensificado
nos últimos tempos.
Esta
teoria é defendida por uma parte dos pré-milenistas, estes acreditam que os
sinais estão ligados diretamente ao arrebatamento.
Esta possibilidade é grande, porém, tem alguns problemas
já que, 1 Segundo Jesus não haveria
sinais diretos e específicos que marcariam o
arrebatamento da igreja (Mt 24:36-44), 2 O texto de Mt 24:3-15 não é especifico e
trata de um longo período de tempo, temos ainda o versículo 14 e 15 que se referem diretamente ao período
tribulacional, seguido pela volta visível de Cristo.
c) Não existem
sinais diretos para
marcar o arrebatamento, estes
sinais descritos em
Mateus acontecerão após
o arrebatamento marcando
o retorno glorioso de Cristo e o
fim da grande tribulação.
Uma parcela dos pré-milenistas pré-
tribulacionistas, pensam desta forma. O Dr Ryrie, comentarista
da Bíblia Anotada, é um dos grandes defensores da teoria.
De todas, esta parece
ser a mais lógica, o que não quer dizer que seja a correta. Ryrie faz um
paralelo entre os sinais de Mateus e os quatro primeiros selos de apocalipse no qual encontramos certa
harmonia entre os eventos descritos em Mateus com os descritos em Apocalipse. A teoria
apresenta os sinais como ligados ao
retorno visível de Cristo, não permitindo que haja sinais diretos ao
arrebatamento, e isto tem fundamento bíblico.
Os selos de Ap 6: 1-7 Os
sinais de Mateus 24
V.4) E
saiu outro cavalo, vermelho; e ao
seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada.
V.5)
Então, vi, e eis um
cavalo
preto e o seu
cavaleiro
com uma balança
na
mão.(...) Uma medida de
trigo
por um denário; três
medidas
de cevada por um
denário;
V.8) E olhei, e eis um cavalo
amarelo
e o seu cavaleiro,
sendo
este chamado Morte;
Cristo,
e enganarão a muitos.
V.6) E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras;
V.7) Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares;
V.9) Então,
sereis atribulados, e vos matarão.
Sereis odiados de todas as nações, por
causa do meu nome.
A fim de completar este raciocínio podemos
utilizar o quinto selo que fala dos mártires do período tribulacional, em
especial o v.9, comparando-o a predição
de Cristo onde se refere a morte de seus discípulos por causa de seu nome (Mt
24:9-10). Também se pode utilizar o sexto selo onde são vistos sinais no céu (v.12-14) e compará-los a
Lucas 21:25. O Sétimo selo, que marca o inicio da segunda metade da grande
tribulação onde se inicia o período de
maior terror sobre Israel, como também a investida da Besta sobre a
nação, entra em harmonia com o cerco de Jerusalém profetizado na passagem de dupla referencia de Mt 24:15-21, que também
se refere ao inicio desta segunda fase.
É importante ressaltar que independente destes sinais não
estarem ligados diretamente ao arrebatamento sua preparação pode servir de
indicador para demonstrar a sua
proximidade, é como Jesus disse em Mt 24: 31-32.
Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus
ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim
também vós: quando virdes todas estas
coisas, sabei que está próximo, às portas.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA