História Do Cristianismo -
Teologia 32.241
JOÃO CALVINO
Enquanto esteve em Genebra no
ano de 1536, Farei travou conhecimento com Calvino, que era então um jovem de
vinte e oito anos. Já se tinha tornado notável pela publicação dos seus
"Institutos Cristãos", e Farei pensou que se pudesse persuadir o seu
jovem amigo a ficar em Genebra para olhar pelo trabalho, ele poderia ajudar
muito os interesses da Reforma. Propôs, pois, isto, mas Calvino estremeceu à
idéia de tomar sobre si o peso de uma tal empresa, e recusou. Desculpou-se
dizendo que não tinha conhecimento bastante para empreender aquela tarefa; que
a sua educação ainda não estava completa, e pelo menos, por enquanto, só podia
prestar seu auxílio por meio da pena. Mas Farei, sentindo que ele estava
fugindo à vontade de Deus, respondeu à sua recusa com palavras fortes, dizendo:
"Que Deus amaldiçoe o seu descanso e os seus estudos se por amor deles
fugir da obra que Ele tem para lhe dar a fazer!"
Estas palavras produziram o
efeito desejado no ânimo do jovem teólogo e ele abandonou os seus projetos de
ir para Strasburgo continuar os estudos, e fixou-se em Genebra. Foi nomeado
professor de teologia e começou um árduo ministério de vinte e oito anos, como
pastor de uma das mais importantes igrejas da cidade; e aqui estendeu logo a
sua influência a todos os países da Europa. "A sua ligação com a antiga
igreja", dizia Luiz Hausser, "era muito extraordinária. Ele
fazia-lhe uma oposição mais forte do que ninguém. Bastantes coisas iradas e
picantes se tinham, na verdade, já dito de Roma, mas nada tão esmagador tinha
sido avançado contra a igreja romana em todas as polêmicas que tinham tido lugar,
como aquela afirmativa de Calvino feita sem cólera e a sangue frio, de que ela
"era inteiramente oposta à idéia primitiva da constituição da igreja, e,
portanto, foi ele considerado como o inimigo mais perigoso e implacável de Roma
do que Lutero".
Mas o povo de Genebra não podia
desde logo habituar-se às medidas de reforma que Calvino introduziu. Toda a
cidade tinha caído no vício e no papismo, e os seus novecentos padres
governaram a consciência do povo, que não gostava das restrições que Calvino
punha aos seus cantos, às suas danças, e a outros divertimentos mundanos nem
tampouco tolerava as suas censuras severas aos pecados menos públicos a que
muitos não eram estranhos: e quando por fim os proibiu de virem ao altar, e os
mandou embora com palavras de censura, o povo levantou-se em massa e
expulsou-o da cidade.
Mas em breve quiseram que ele
voltasse outra vez. A cidade estava em desordem, devido aos encolerizados bandos
de papistas, e libertinos, e a sua presença era ali muito necessária. Os próprios
que o tinham expulsado começaram a clamar em altos brados pela sua volta.
"Chamemos de novo o homem que queria reformar a nossa fé, a nossa moral e
as nossas liberdades", diziam eles. E assim no ano 1540, foi resolvido
pelo Concilio dos Duzentos que, com o fim de promover a honra e glória de Deus,
se procurassem todos os meios possíveis para que Mestre Calvino voltasse como
pregador.
Calvino, de início, não tinha
muita vontade de voltar, e declarou que não havia lugar na terra que ele mais
temesse do que Genebra, acrescentando, porém, que não se negaria a coisa alguma
que fosse o bem da igreja. Por causa dos seus amigos, resolveu voltar, sentindo
que nesse passo era guiado pela vontade de Deus. A amável recepção que lhe
fizeram atenuou de alguma maneira os maus tratos que lhe tinham dado, e daí por
diante encontrou poucos obstáculos nos seus trabalhos para o bem do povo.
A história não levanta a
cortina que esconde aos nossos olhos a vida privada e doméstica de Calvino, e
por isso a sua vida não oferece tanto interesse como a de Lutero. Morreu em 17
de maio de 1564, completamente gasto por um excesso de fadiga mental.
Morreu repetindo as palavras do
apóstolo: "As aflições d'este tempo presente não são para comparar com
a glória que em nós há de..." aqui parou, porque nesse momento a
glória despertou para ele.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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