História De Israel – Teologia 31.109
CAPÍTULO 13
ACAZ, REI DE JUDÁ, PEDE AUXÍLIO A TIGLATE-PILESER, REI DA
ASSÍRIA, QUE
DEVASTA A SÍRIA, MATA REZIM, REI DE DAMASCO, E TOMA A
CIDADE.
HORRÍVEL IMPIEDADE DE ACAZ. SUA MORTE. EZEQUIAS, SEU FILHO,
SUCEDE-O. PECA, REI DE ISRAEL, É ASSASSINADO POR OSÉIAS, QUE USURPA O
TRONO,
MAS É VENCIDO POR SALMANESER, REI DA ASSÍRIA. EZEQUIAS
RESTAURA
INTEIRAMENTE O CULTO A DEUS, VENCE OS FILISTEUS E DESPREZA
AS AMEAÇAS DO REI DA ASSÍRIA.
405. 2 Reis 16 e 17. Depois de tão grande perda, Acaz, rei
de Judá, enviou embaixadores com ricos presentes a Tiglate-Pileser, rei da
Assíria, para pedir-lhe socorro contra os israelitas, os sírios e os
damasquinos, prometendo-lhe uma grande quantia de dinheiro. O soberano veio em
pessoa com um poderoso exército, devastou toda a Síria, tomou a cidade de
Damasco e matou Rezim, que era o seu rei. Mandou os habitantes para a Alta
Média e fez vir no lugar deles os assírios. Marchou depois contra os israelitas
e levou vários escravos. Acaz foi a Damasco agradecer-lhe e levou-lhe não
somente todo o ouro e prata que havia em seus tesouros, mas também o que estava
no Templo, sem excetuar os presentes que se haviam oferecido a Deus.
Esse detestável príncipe tinha tão pouco juízo que, mesmo
sendo os sírios seus inimigos declarados, não deixava de adorar os seus deuses,
como se devesse pôr toda a sua esperança no auxílio deles. Quando ele viu,
porém, que eles haviam sido derrotados pelos assírios, passou a adorar os
deuses dos vencedores. Não havia falsa divindade que ele não estivesse pronto a
reverenciar, no lugar do verdadeiro Deus, o Deus de seus pais, cuja cólera ele havia
atraído sobre si e era a causa de todos os seus males. A sua impiedade chegou
ao cúmulo de não se contentar em despojar o Templo de todos os seus tesouros,
mas mandou mesmo fechá-lo, a fim de que lá não se pudesse adorar ao verdadeiro
Deus com os sacrifícios solenes que se costumavam oferecer. E, depois de o
haver irritado com tantos crimes, morreu na idade de trinta e seis anos, dos
quais reinou dezesseis. Deixou Ezequias, seu filho, como sucessor.
406. Nesse mesmo
tempo, Peca, rei de Israel, foi morto à traição por Oséias, um de seus mais
fiéis servidores, que usurpou o reino e reinou nove anos. Oséias era um homem
ímpio e muito mau. Salmaneser, rei da Assíria, fez-lhe guerra e não teve
dificuldade em vencê-lo e impor-lhe um tributo, porque Deus lhe era adverso.
407. 2 Reis 18; 2
Crônicas 29, 30 e 31. No quarto ano do reinado do rei Oséias, Ezequias, filho
de Acaz e de Abi, a qual era de Jerusalém, sucedeu-o no reino de judá, como já
dissemos. Esse príncipe era um homem de bem, tão justo e religioso que desde o
princípio do reinado julgou nada poder fazer de melhor para si e para os seus
súditos que restaurar o culto a Deus. Reuniu para isso todo o povo, os
sacerdotes e os levitas, e falou-lhes: "Não podeis ignorar os males que
sofrestes por causa dos pecados do rei meu pai, desde que ele deixou de prestar
a Deus a soberana honra que lhe é devida e pelos crimes que vos fez cometer,
persuadindo-vos a adorar os falsos deuses que ele adorava. Assim,
experimentastes os castigos que seguem à impiedade. Exorto-vos a renunciar a
tudo isso, a purificar as vossas almas da sordidez que as desonra e a vos
unirdes aos sacerdotes e aos levitas para abrirmos o Templo do Senhor,
purificá-lo com solenes sacrifícios e restaurá-lo à sua primitiva
magnificência, pois é o meio de aplacarmos a cólera de Deus e de torná-lo
novamente favorável a nós".
Depois de o rei haver falado, os sacerdotes abriram o
Templo, purificaram-no, prepararam os vasos sagrados e puseram as ofertas sobre
o altar, segundo o costume de seus antepassados. Ezequias ordenou em seguida
que todo o povo de seu território viesse a Jerusalém, a fim de ali celebrar a
festa dos Asmos, que fora abandonada havia muitos anos, pela impiedade dos reis
seus predecessores. Seu zelo foi além: ele exortou os israelitas a abandonar as
superstições e a voltar aos antigos e santos costumes, prestando a Deus o culto
que lhe é devido. Prometeu recebê-los em Jerusalém se eles quisessem vir
celebrar a festa com os compatriotas.
Ele acrescentou que unicamente o desejo de vê-los felizes, e
nenhum outro interesse particular, levava-o a convidá-los a aceitar um conselho
tão salutar. Mas os israelitas não somente se recusaram a escutar propostas tão
vantajosas, como também zombaram de seus embaixadores e os trataram do mesmo
modo como aos profetas, que os exortavam a seguir um conselho tão sensato e
prediziam os males que lhes sobreviriam se persistissem na impiedade. Sua
loucura e sua raiva, porém, cresciam cada vez mais, e eles chegaram a matar
esses profetas, juntando novos crimes aos antigos, até que Deus, para
castigá-los, os entregou nas mãos dos inimigos, como diremos a seu tempo.
Somente um grande número dos da tribo de Manasses, de
Zebulom e de Issacar, comovido pelas palavras dos profetas, converteu-se, e
eles foram a Jerusalém adorar a Deus. Depois que lá chegaram, o rei,
acompanhado por todos os grandes e por todo o povo, subiu ao Templo, onde
ofereceu por si mesmo sete touros, sete bodes e sete carneiros. Depois que ele
e os nobres puseram as mãos sobre as cabeças das vítimas, os sacerdotes as
mataram, e elas foram totalmente consumidas pelo fogo, como sendo oferecidas em
holocausto.
Os levitas, em torno deles, cantavam ao som de diversos
instrumentos de música hinos de louvor a Deus, segundo o que Davi determinara.
Os sacerdotes tocavam as trombetas, enquanto o rei e todo o povo prostravam-se
de rosto em terra para adorar a Deus. O soberano sacrificou em seguida setenta
bois, cem carneiros e duzentos cordeiros e deu ao povo seiscentos bois e quatro
mil outros animais. E, depois que os sacerdotes terminaram todas as cerimônias,
segundo o que a Lei determinava, desejou o rei comer com todo o povo e com ele
dar graças a Deus.
A festa dos Asmos aproximava-se, e eles começaram por
celebrar a Páscoa e a oferecer a Deus durante sete dias outras vítimas. Além
das que eram oferecidas pelo povo, o rei ofereceu dois mil touros e sete mil
outros animais. Os nobres, para imitá-lo em sua liberalidade, deram também mil
touros e mil e quarenta outros animais. Desde os tempos de Salomão não se via
celebrar com tanta solenidade essa festa religiosa.
Purificou-se em seguida Jerusalém e todo o país das
abominações introduzidas pelo culto sacrílego aos ídolos. O rei desejou dar ele
mesmo, do que lhe pertencia, as vítimas necessárias para se oferecer todos os
dias os sacrifícios instituídos pela Lei. Determinou que o povo pagasse aos
sacerdotes e aos levitas as décimas e as primícias dos frutos, a fim de que
eles tivessem meios de se dedicar inteiramente ao serviço de Deus, e mandou
construir para eles lugares apropriados para receber o que era dado às suas
mulheres e filhos. Assim, a antiga ordem, no que se referia ao culto a Deus,
foi completamente restabelecida.
408. Depois que esse
sábio e religioso soberano realizou todas essas coisas, declarou guerra aos
filisteus, venceu-os e tornou-se senhor de todas as cidades desde Gaza até
Gate. O rei da Assíria ameaçou destruir-lhe o país se ele não pagasse o tributo
que seu pai estava acostumado a pagar. Mas a confiança que a sua piedade o
fazia ter em Deus e a fé que ele prestava às predições do profeta Isaías, que o
instruía particularmente a respeito do que devia suceder, o fez desprezar essas
ameaças.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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