História De Israel – Teologia 31.107
CAPITULO 11
O PROFETA JONAS PREDIZ A JEROBOÃO II, REI DE ISRAEL, QUE ELE
VENCERÁ OS
SÍRIOS. HISTÓRIA DESSE PROFETA, ENFIADO POR DEUS A NÍNIVE
PARA
PREDIZER A RUÍNA DO IMPÉRIO DA ASSÍRIA. MORTE DEFEROBOÃO II.
ZACARIAS, SEU FILHO, SUCEDE-O. EXCELENTES QUALIDADES DE
UZIAS, REI DE JUDÁ, QUE FAZ GRANDES CONQUISTAS E FORTIFICA JERUSALÉM. SUA PROSPERIDADE O FAZ ESQUECER DE DEUS. DEUS O CASTIGA DE
MANEIRA
TERRÍVEL. JORÃO, SEU FILHO, SUCEDE-O. SALUM ASSASSINA
ZACARIAS, REI DE ISRAEL, E USURPA A COROA. MENAÉM MATA SALUM E REINA DEZ
ANOS. PECAÍAS, SEU FILHO, SUCEDE-O. PECA ASSASSINA-O E REINA EM SEU
LUGAR. TIGLATE-PILESER, REI DA ASSÍRIA, FAZ-LHE CRUEL GUERRA. VIRTUDES DEFOTÃO, REI DEFUDÁ. O PROFETA NAUM PREDIZ A DESTRUIÇÃO DO IMPÉRIO
ASSÍRIO.
398. 2 Reis 14. No décimo quinto ano do reinado de Amazias,
rei de Judá, Jeroboão II sucedeu a Jeoás, seu pai, no reino de Israel e durante
os quarenta anos em que ele reinou sempre teve, tal como os seus predecessores,
sua residência em Samaria. Nada se poderia acrescentar à impiedade desse
soberano e à sua inclinação para a idolatria, que o levou a fazer coisas
extravagantes, atraindo sobre o seu povo males infinitos. O profeta Jonas
predisse-lhe que ele venceria os sírios e levaria os limites do reino até a
cidade de Hamate, do lado norte, e até o lago Asfaltite, do lado sul, que eram
os antigos limites da terra de Canaã, fixados por Josué. Jeroboão II, animado
por essa profecia, declarou guerra aos sírios e conquistou todo o país,
conforme Jonas havia predito, do qual se tornaria senhor.
Como prometi narrar sincera e fielmente tudo o que está
escrito nos Livros Santos, não devo passar em silêncio o que eles referem
acerca desse profeta. Deus ordenou a Jonas que fosse anunciar aos habitantes de
Nínive, grande e poderosa cidade, que o império da Assíria, de que era a
capital, seria destruído. Essa ordem pareceu-lhe perigosa a ponto de ele
decidir não a executar. Como se pudesse esconder-se dos olhos de Deus, ele
embarcou em Jope, a fim de fugir para a Cilícia. Porém se levantou uma tão
grande tempestade que o piloto do barco e os marinheiros, vendo-se em perigo de
naufragar, faziam votos pela sua salvação.
Jonas era o único que, retirado a um canto e coberto com a
sua capa, não imitava o exemplo deles. A tempestade crescia cada vez mais, e
eles imaginaram logo que alguém dentre eles atraíra aquela infelicidade. Para
saber quem era, tiraram a sorte, e ela caiu sobre o profeta. Perguntaram-lhe
quem ele era e que motivos o levavam a empreender aquela viagem. Ele respondeu
que era hebreu e profeta do Deus Todo-poderoso, e, se queriam evitar o perigo
de que estavam ameaçados, teriam de lançá-lo ao mar, porque era o único
culpado.
De início, não quiseram fazê-lo, pois julgavam desumanidade
atirá-lo às águas, expondo assim a uma morte certa um estrangeiro que lhes
havia confiado a vida. Quando se viram prestes a morrer, todavia, o desejo de
salvar as próprias vidas e a insistência do profeta fizeram-nos decidir
lançá-lo ao mar. No mesmo instante, a tempestade cessou. Diz-se que um grande
peixe o engoliu e, depois de ele ter passado três dias em seu ventre, ele o
restituiu vivo e sem ferimento algum à praia do Ponto Euxino, de onde ele
partiu para Nínive, depois de pedir perdão a Deus, e anunciou ao povo que eles
perderiam bem depressa o império da Ásia.
399. 2 Reis 14 e 15.
Voltemos agora a jeroboão II, rei de Israel. Ele morreu depois de reinar feliz
durante quarenta anos, e foi enterrado em Samaria. Zacarias, seu filho,
sucedeu-o. Uzias, do mesmo modo, no quarto ano do reinado de Jeroboão II,
sucedeu a Amazias no reino de Judá. Nasceu este de Jecolias, mulher de Amazias.
Ela era de Jerusalém.
400. 2 Crônicas 26. O rei Urias tinha tanta bondade e amor
pela justiça e era tão corajoso e previdente que essas excelentes qualidades,
unidas, levaram-no a realizar grandes empreendimentos. Venceu os filisteus e
tomou-lhes muitas cidades, entre as quais Gate e Jabné, da qual abateu as
muralhas. Atacou os árabes, vizinhos do Egito, e construiu uma cidade perto do
mar Vermelho, onde deixou uma forte guarnição. Ele também subjugou os amonitas,
tornando-os tributários. Reduziu ao seu domínio todos os países que se estendem
até o Egito e empregou em seguida todo o seu cuidado na restauração e
fortificação de Jerusalém.
Mandou consertar e refazer as muralhas, que estavam em muito
mau estado, pela incúria de seus predecessores, inclusive aquele espaço de
quatrocentos côvados que Jeoás, rei de Israel, mandara derrubar ao entrar
triunfante na cidade, após aprisionar o rei Amazias. Mandou também reedificar
várias torres com altura de cento e cinqüenta côvados e construiu fortificações
nos lugares mais afastados da cidade. Fez ainda vários aquedutos.
Ele criava um número enorme de cavalos e de gado, porque a
região é rica em pastagens. Como amava muito a agricultura, mandou plantar uma
grande quantidade de árvores frutíferas e toda espécie de plantas. Mantinha
trezentos e setenta mil soldados, todos escolhidos, armados com espadas, arcos,
fundas, escudos e couraças de bronze, distribuídos em regimentos e comandados
por dois mil bons oficiais. Mandou também fazer uma grande quantidade de
máquinas de atirar pedras e dardos, grandes ganchos e instrumentos semelhantes,
próprios para os ataques e as guerras.
O orgulho de tão grande prosperidade envenenou o Espírito do
soberano e corrompeu-o de tal modo que esse poder passageiro e temporal o fez
desprezar o poder eterno e subsistente de Deus. Não observou mais as suas
santas leis e, em vez de continuar a praticar a virtude, procedeu à imitação do
pai na impiedade, entregando-se ao crime. Assim os seus felizes empreendimentos
e a glória de tantas ações beneméritas só serviram para destruí-lo e para fazer
ver o quanto é difícil aos homens conservar a moderação na prosperidade.
No dia de uma festa solene, ele revestiu-se dos paramentos
sacerdotais e entrou no Templo para oferecer a Deus as incensações no altar de
ouro. O sumo sacerdote Azarias, acompanhado por oitenta sacerdotes, correu e
disse-lhe que aquilo não era permitido. Proibiu-lhe passar além e ordenou que
saísse, para não irritar a Deus com aquele incrível sacrilégio. Uzias ficou de
tal modo encolerizado que o ameaçou de morte, bem como a todos os outros
sacerdotes, se não permitisse que ele fizesse o que desejava. Mal pronunciou
essas palavras, sentiu-se um terrível tremor de terra. O alto do Templo
abriu-se, e um raio de sol feriu o ímpio rei no rosto. No mesmo instante, ele
ficou coberto de lepra. O mesmo tremor de terra dividiu também em dois, num
lugar próximo da cidade, de nome Eroge, o monte que está voltado para o
ocidente, do qual uma metade foi levada a quatro estádios dali contra outro monte,
que está voltado para o levante, o que barrou toda a estrada principal e cobriu
de terra os jardins do rei.
Os sacerdotes, vendo o rei coberto de lepra, imaginaram
facilmente a causa. Disseram que aquele castigo era um sinal visível da justiça
de Deus e ordenaram que ele saísse da cidade. A sua extrema confusão tirou-lhe
a ousadia de resistir, e ele obedeceu. Assim, foi castigado pela sua impiedade
para com Deus e pela temeridade que o levara a se elevar acima da sua condição
humana. Ele passou algum tempo fora da cidade, onde viveu como um homem
qualquer, enquanto Jotão, seu filho, dirigia os destinos da nação. Urias morreu
de desgosto por ver-se reduzido àquele estado. Tinha sessenta e oito anos, dos
quais reinara cinqüenta e dois. Foi enterrado em seus jardins, em um sepulcro
separado, e Jotão sucedeu-o.
401. 2 Reis 15. Quanto a Zacarias, rei de Israel, ele
reinava havia apenas seis meses, quando Salum, filho de jabes, assassinou-o e
usurpou o trono. Mas Salum desfrutou somente um mês do governo que tão grande
crime lhe outorgara. Menaém, general do exército, que então estava na cidade de
Tirza, marchou com todas as suas forças para Samaria, combateu-o, venceu-o e o
matou. Por sua conta, pôs a coroa na própria cabeça e voltou a Tirza com o
exército vitorioso. Os seus habitantes, porém, não quiseram reconhecê-lo e
fecharam-lhe as portas. Então ele devastou toda a área, tomou a cidade à força
e matou todos os seus habitantes, não poupando nem mesmo as crianças. Desse
modo, foi cruel contra a sua própria nação, tanto que não se teria coragem de
agir assim nem mesmo para com os bárbaros. E ele não procedeu com maior
humanidade durante os dez anos de seu reinado em Israel.
Pul, rei da Assíria, declarou-lhe guerra, e ele, não se
sentindo bastante forte para resistir, deu-lhe mil talentos de dinheiro para
conservar a paz. Exigiu em seguida a mesma quantia do povo, por uma imposição
de cinqüenta dracmas por cabeça. Morreu logo depois, e foi enterrado em
Samaria.
Pecaías, seu filho, sucedeu-o e não herdou menos a sua
crueldade que o trono, porém reinou somente dois anos. Peca, filho de Remalias,
chefe de campo de um regimento de mil homens, matou-o à traição num banquete
com vários outros de seus familiares. Ele apoderou-se do trono e reinou vinte
anos, sem que se possa dizer se ele era mais ímpio ou mais injusto.
Tiglate-Pileser, rei da Assíria, fez-lhe guerra, apoderou-se de toda a área de
Gileade, de toda a região que está além do Jordão e daquela parte da Galiléia
próxima de Quedes e de Hazor, aprisionou todos os habitantes e levou-os
escravos para o seu reino.
402. 2 Crônicas 27.
jotão, filho de Uzias, rei de Judá, e de )erusa, que era de Jerusalém, reinava
nessa época. Nenhuma virtude faltava a esse príncipe, pois ele foi tanto
religioso para com Deus quanto justo para com os homens. Tomou grande cuidado
em restaurar e embelezar essa grande cidade. Mandou refazer o átrio e as portas
do Templo e reerguer uma parte das muralhas, que havia caído. A isso
acrescentou torres grande e fortes e eliminou todas as desordens do reino.
Venceu os amonitas, impôs-lhes um tributo de cem talentos, dez mil medidas de
trigo e outras tantas de cevada por ano. Aumentou de tal modo a extensão e a
força do país que ele era não menos temido por seus inimigos quanto amado pelo
seu povo.
403. Durante o seu
reinado, um profeta, de nome Naum, predisse a ruína do império da Assíria e a
destruição de Nínive, nestes termos: "Tal como às vezes as águas de um
grande reservatório são agitadas pelo vento, assim se verá igualmente todo o
povo de Nínive agitado e perturbado pelo temor, e a sua hesitação será tão
grande que num mesmo tempo dirão uns aos outros: Fujamos! Outros dirão: Não!
Fiquemos para apanhar o nosso ouro e a nossa prata. Mas nenhum deles seguirá
esse conselho, porque eles preferirão salvar a vida, e não os seus bens. Assim,
só se ouvirão entre eles gritos e lamentações. O seu terror será tão grande que
muito mal sobreviverão, e as suas cidades ficarão irreconhecíveis. Para onde
irão então os leões e as mães dos leõezinhos? Nínive, diz o Senhor, eu te
exterminarei, e não se verão mais sair de ti os leões aue assustavam o
mundo".
O profeta acrescentou várias outras coisas semelhantes com
relação a essa poderosa cidade, as quais não refiro para não aborrecer os
leitores. Cento e quinze anos depois, constatou-se a veracidade dessa profecia.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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