História De Israel – Teologia 31.106
CAPÍTULO 10
AMAZIAS, REI DE JUDÁ, AJUDADO POR DEUS, DERROTA OS
AMALEQUITAS,
OS IDUMEUS E OS GABALITANOS. ESQUECE-SE DE DEUS E OFERECE
SACRIFÍCIOS AOS ÍDOLOS. COMO CASTIGO PELO SEU PECADO, É
VENCIDO E FEITO PRISIONEIRO POR JEOÁS, REI DE ISRAEL, A QUEM É
OBRIGADO A
ENTREGAR JERUSALÉM. É ASSASSINADO PELOS SEUS PARTIDÁRIOS.
UZIAS, SEU FILHO, SUCEDE-O.
396. No segundo ano
do reinado de Jeoás, rei de Israel, Amazias, rei de Judá, cuja mãe, Jeoadã, era
de Jerusalém, sucedeu-o, como dissemos, no reino de seu pai. Embora fosse ainda
muito jovem, manifestou extremo amor pela justiça. Começou o seu reinado
vingando a morte de seu pai e não perdoou aos que, declarando-se amigos dele, o
haviam tão cruelmente assassinado. Porém não causou mal algum aos seus filhos,
porque a Lei proíbe castigar os filhos pelos pecados dos pais. Resolveu fazer
guerra aos amalequitas, aos idumeus e aos gabalitanos e recrutou para esse fim,
em seus territórios, trezentos mil homens, os mais jovens com cerca de vinte
anos. Deu-lhes chefes e mandou cem talentos de ouro a jeoás, rei de Israel, a
fim de que o ajudasse com cem mil homens.
2 Reis 14; 2 Crônicas 25. Quando estava prestes a se pôr em
campo com aquele grande exército, um profeta ordenou-lhe, da parte de Deus, que
devolvesse os israelitas, porque eram ímpios, e certamente ele seria vencido
caso se servisse deles. Ao passo que, com o auxílio de Deus, as suas próprias
forças lhe seriam suficientes para derrotar os inimigos. Isso o surpreendeu e
deixou-o aborrecido, porque já entregara o dinheiro combinado para a manutenção
da tropa. O profeta, contudo, exortou-o a obedecer à ordem de Deus, que podia
compensá-lo generosamente por aquela perda.
Ele obedeceu e devolveu os cem mil homens sem exigir a
devolução do dinheiro. Marchou contra os inimigos, venceu-os num grande
combate, matou dez mil no campo e fez um número igual de prisioneiros, aos
quais mandou levar para um lugar denominado A Grande Rocha, perto da Arábia, de
onde mandou lançar todos abaixo. Conseguiu também ricos despojos. Nesse mesmo
tempo, todavia, os israelitas que ele havia despedido, julgando-se ofendidos,
devastaram-lhe o país até Bete-Semes, levaram um grande número de cabeças de
gado e mataram três mil habitantes dessa cidade.
397. Amazias, orgulhoso com o êxito de suas armas,
esqueceu-se de que tudo devia a Deus e, por uma ingratidão sacrílega, em vez de
lhe referir toda a glória, abandonou o seu divino culto para adorar as falsas
divindades dos amalequitas. O profeta veio falar com ele e disse que muito se
admirava de vê-lo agora ter em boa conta e adorar como verdadeiros os deuses
que não haviam sido capazes de defender contra ele os seus próprios adoradores
nem de impedir que matasse um grande número deles e aprisionasse também uma
grande quantidade e levasse escravos outros ainda, com os seus ídolos, a
Jerusalém, juntamente com os despojos.
Essas palavras encolerizaram Amazias de tal modo que ele
ameaçou matar o profeta, caso este se atrevesse a continuar falando daquele
modo. Ele respondeu que ficaria quieto, mas Deus não deixaria de castigá-lo
como ele merecia. O orgulho de Amazias crescia cada vez mais, e ele sentia
prazer em ofender a Deus, em vez de reconhecer que toda a sua felicidade vinha
dEle e de dar-lhe graças. Ele escreveu pouco depois a Jeoás, rei de Israel,
ordenando-lhe que o obedecesse com todo o seu povo, assim como as dez tribos
que ele governava haviam obedecido a Salomão e a Davi, seus antepassados. E, se
não o fizesse voluntariamente, que se preparasse para a guerra, pois ele a
declararia e resolveria a questão pelas armas.
Jeoás respondeu-lhe nestes termos: "O rei Jeoás ao rei
Amazias. Havia antigamente no monte Líbano um cipreste muito grande e um cardo.
O cardo mandou pedir ao cipreste a filha deste em casamento para o seu filho,
mas ao mesmo tempo que lhe fazia esse pedido uma fera veio sobre ele e o
esmagou. Servi-vos deste exemplo, para que não empreendais coisa alguma acima
de vossas forças e não vos orgulheis demasiado por causa da vitória que conquistastes
contra os amalequitas, pondo-vos em risco de vos perderdes com todo o vosso
reino".
Amazias, irritadíssimo com essa carta, preparou-se para a
guerra, e Deus a ela o impelia, sem dúvida para fazer cair sobre ele a sua
vingança. Quando os exércitos se enfrentaram e enquanto a luta se preparava, o
exército de Amazias viu-se de repente tomado de grande terror, enviado por
Deus, por Ele não lhes ser favorável, de modo que fugiram incontinenti, mesmo
antes de travarem combate, abandonando Amazias à mercê do inimigo. Jeoás,
tendo-o em seu poder, disse-lhe que não podia evitar a morte senão abrindo a
ele e a todo o seu exército as portas de Jerusalém. O desejo de salvar a
própria vida fez com que ele persuadisse os habitantes da cidade a aceitar
aquela condição.
Jeoás, depois de abater quatrocentos côvados das muralhas da
cidade, entrou triunfante sobre o seu carro na capital do reino, seguido por
todo o seu exército, tendo Amazias perto de si como prisioneiro. Ele carregou
todos os tesouros que estavam no Templo e todo o ouro e toda a prata que
encontrou no palácio do rei. Deu liberdade a Amazias e voltou a Samaria. Isso
aconteceu no décimo quarto ano do reinado de Amazias.
Vários anos depois, esse infeliz príncipe, vendo que os
próprios amigos tramavam contra ele, fugiu para a cidade de Laquis. Mas isso
não o salvou. Eles o perseguiram e o mataram, levando o seu corpo a Jerusalém,
onde foi enterrado com as cerimônias ordinárias das homenagens aos reis. Eis de
que modo terminou miseravelmente os seus dias, no vigésimo ano de seu reinado,
que foi o qüinquagesimo quarto de sua vida, castigado como merecia por haver
desprezado a Deus e aban-donado a verdadeira religião para adorar os ídolos.
Uzias, seu filho, sucedeu-o.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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