Para as ciências
naturais, a dificuldade de definir o que seja "homem" consiste em
escolher entre dois pontos de vista: o da estrutura anatômica e o que se refere
às faculdades reflexivas.
No primeiro caso, o homem encontrar-se-ia imerso em
sua animalidade; no segundo, estaria pairando sobre o mundo, isolado da
natureza.
Uma definição mais abrangente e completa de homem deveria levar em
conta, portanto, tudo o que nele seja suscetível de constatação positiva, isto
é, além da conformação anatômica, é preciso considerar a faculdade de pensar.
Dessa dupla abordagem se depreende a originalidade do fenômeno humano.
O mais exterior
dos caracteres humanos é sua tênue diferenciação morfológica, dada por
especializações anatômicas (a face menor que o crânio, a postura vertical etc.)
e fisiológicas (o desamparo em que se encontra o ser humano nos primeiros meses
de vida, a sexualidade aperiódica etc.).
Mesmo assim, dentro dos critérios adotados
pela biologia para classificar os seres vivos, pode-se dizer que, por sua
estrutura orgânica, o homem não pode aspirar senão a um lugar modesto na
taxionomia animal: ele pertence ao subfilo dos vertebrados, à ordem dos
primatas e a uma família formada por um único gênero, Homo.
Mas outra
característica zoológica do homem evidencia prontamente sua originalidade: a
capacidade de expansão e conquista. Apesar da homogeneidade do grupo humano, o
homem conquistou em relação ao conjunto do globo um sucesso vital sem
precedentes, que se explica, pelo menos em parte, pela aparição, com o homem,
de uma nova fase na história da vida: o uso de instrumentos artificiais, mais
uma característica do fenômeno humano.
As tentativas de inserir o homem dentro da ordem dos
primatas não primam pela precisão, uma vez que as diferenças de detalhes são
complexas e controversas.
O tamanho, e mais ainda, a complexidade do cérebro
humano em relação ao dos primatas não-humanos constitui o principal ponto de
diferenciação anatômica.
A postura ereta é também um aspecto importante.
Outras
características anatômicas que distinguem o homem dos outros primatas, seja dos
macacos antropóides, seja dos primatas inferiores, além do tamanho absoluto e
relativo do cérebro, são: o pé, que serve de suporte e não é preênsil; o
primeiro dedo do pé, que não é oponível; os maxilares, de tamanho reduzido e
pouco salientes; a ausência de caninos salientes e interpostos; curva lombar,
bacia e pelve formadas ou modificadas para atender às funções de equilíbrio e
suporte do corpo na posição ereta; membros inferiores hipertrofiados, adaptados
para o andar bípede; membros superiores mais curtos e aperfeiçoados, com mãos
grandes e preênseis, dotadas de dedos curtos e polegar oponível; nariz saliente
com pontas e asas bem desenvolvidas; ausência completa de pelos táteis ou
tentáculos; escassez acentuada de pêlo secundário no corpo, exceto na cabeça,
regiões axilares e púbica e no rosto dos adultos masculinos; e presença de
lábios cheios, invertidos e membranosos.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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