História Do Cristianismo -
Teologia 32.265
CONVERSÃO DE LATIMER
Um dia Mestre Latimer, no seu
caráter de padre con-fessor, foi esperado no seu quarto por um penitente, cuja
presença ali muito o admirou. Era o Mestre Bilney. "Que quer isto
dizer?", pensou o padre, "Bilney aqui! Um herege a confessar-se a um
católico é extraordinário! Mas talvez que o meu sermão contra Melanchton o
convencesse do seu erro, e ele vem procurar restaurar a sua comunhão com a
igreja!" Enquanto ele assim raciocinava, Bilney começou a contar ao
confessor a simples história da sua própria conversão a Deus; e as palavras,
aplicadas pelo Espírito Santo, foram diretamente ao coração e à consciência do
padre. Ali naquele mesmo momento se entregou a Deus; e, abandonando desde
então a enganosa teologia das escolas, tornou-se não só um sincero estudante da
verdadeira teologia, mas também um verdadeiro ensinador das doutrinas reformadas.
Mas os soberbos doutores da
Universidade e os padres e frades, que tinham em conta a sua própria justiça,
não podiam por muito tempo suportar a sua pregação clara e a sua exposição
inexorável dos erros de Roma, e a cólera deles começou a manifestar-se por
ameaças ocultas e invecti-va cólera. Porém Latimer não era homem que se intimidasse
com ameaças ou perdesse o sangue frio com os barulhos, e continuou a pregar
com toda a ousadia; seus trabalhos foram muito abençoados por Deus e grande
parte da oposição que lhe tinha sido feita foi vencida.
Algum tempo depois, o bispo de
Ely usou de modos mais brandos com o intrépido pregador, mas sem resultado.
Cumprimentou-o pelos seus mais admiradores dotes; declarou que estava pronto a
beijar-lhe os pés, e depois aconselhou-o como meio mais seguro para derrubar a
heresia, a pregar contra Lutero. Latimer, que tinha bastante senso comum para
não se deixar enganar por tão evidente lisonja, respondeu: "Se Lutero
prega a Palavra de Deus, não posso fazer-lhe oposição. Mas se ele ensina o
contrário, então estou pronto a atacá-lo". "Bem, bem, Mestre
Latimer", disse o bispo, "já percebo as suas idéias. Um dia ou outro
há de arrepender-se delas".
Tendo falhado as injúrias, as
ameaças e as palavras doces, o bispo passou das palavras às obras, e fechou os
púlpitos da Universidade ao pregador. Mas pouco tardou que se abrisse outra
porta a Latimer, e Roberto Bernes, prior dos frades agostinhos, em Cambridge,
cujo coração o Senhor tinha tocado, convidou-o a pregar na igreja pertencente
àquela ordem.
A controvérsia que os sermões
de Latimer reavivaram foi interrompida por uma carta do capelão do rei, na qual
as partes contendoras foram obrigadas ao silêncio até ser conhecida a vontade
do rei. Mas a vontade do rei era que Latimer continuasse a pregar. Tinha sido
informado de que o eloqüente pregador do Evangelho tinha favorecido a sua causa
na questão do divórcio com Catarina de Aragào, e isso era um meio seguro de
alcançar o favor real. No ano seguinte encontramo-lo pregando perante a corte
em Windsor, onde o rei ficou tão encantado com a sua eloqüência sincera e
destemida, que o fez seu capelão. Outros favores reais ainda o esperavam, mas
os papistas não o deixaram descansar, e sendo citado perante o bispo de Londres
por mais uma acusação de heresia foi então excomungado e lançado na prisão.
Deixemo-lo agora ali enquanto
nos ocupamos de outros assuntos.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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