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15 de outubro de 2018

História Do Cristianismo - Teologia 32.233 - CONFERÊNCIA DOS REFORMADORES

História Do Cristianismo - Teologia 32.233



CONFERÊNCIA DOS REFORMADORES

A conferência, que foi muito concorrida, na qual ape­nas tomaram parte Lutero, Zwínglio, Melanchton e Oeco-lâmpade, não deu muito bons resultados. Lutero foi para lá com uma idéia fixa, e protestou desde o princípio que havia sempre de divergir da opinião dos seus adversários no que dizia respeito à doutrina da Ceia do Senhor. Pegan­do num bocado de giz, escreveu em letras grandes no pano de veludo da mesa: "Hoc est corpus meum" ("Este é o meu corpo"). "São estas as palavras de Cristo", disse ele, "e nenhum adversário será capaz de me fazer arredar da­qui". Repetindo as mesmas palavras, acrescentou, mo­mentos depois: "Que alguém me prove que um corpo não é um corpo. Eu rejeito a razão, ao senso comum e aos argu­mentos carnais: as provas são matemáticas. Deus está aci­ma da matemática. Temos a palavra de Deus - devemos respeitá-la e fazer o que ela manda".
No prosseguimento da discussão, o acertado raciocínio de Zwínglio produziu um grande efeito, mas Lutero con­servou-se teimoso e inflexível. Os argumentos apresenta­dos pelo suíço, tirados das Escrituras, evidentemente perturbaram-lhe o espírito, mas ele tinha ido muito longe e já era tarde para retroceder. Por fim Zwínglio apresentou um argumento, que Oecolâmpade já tinha apresentado de ma­nhã quanto à significação da frase "a carne para nada aproveita". Lutero então observou: "Quando Cristo diz que a carne para nada aproveita, não fala da sua carne, mas, sim da nossa". Zwínglio respondeu: "A alma alimenta-se do Espírito e não da carne". Lutero disse: "È com a boca que comemos o corpo; a alma não o come; comemo-lo espi­ritualmente com a alma". Zwínglio: "Assim faz do corpo um alimento corporal e não espiritual". Lutero: "O senhor é sofísmador". Zwínglio: "Não, mas o senhor é que está a dizer coisas contraditórias". Lutero: "Se Deus me apresen­tasse maçãs silvestres, eu as havia de comer espiritual­mente. Na Ceia do Senhor a boca recebe o corpo de Cristo, e a alma crê nas suas palavras".
Lutero estava agora dizendo coisas sem nexo e Zwínglio procedeu com critério, apresentando novos argumentos e afirmando as suas idéias em lugar de combater as do seu adversário. Mas Lutero não se queria confessar vencido. "Este é o meu corpo", gritava ele de vez em quando, e era nesta frase que procurava um refúgio seguro em todas as suas dificuldades. "O demônio não me poderá afastar dis­to!" dizia ele, "procurar compreendê-lo é afastar-se da fé".
Daí um pouco Oecolâmpade, citando 2 Co 5.17 disse: "Nós não conhecemos Jesus Cristo segundo a carne". Lu­tero: "Segundo a carne significa, nessa passagem, segundo as nossas afeições carnais". Zwínglio: "Então responda-me a isto, Dr. Lutero, Cristo subiu ao Céu; e se Ele está no Céu, no que diz respeito ao seu corpo, como pode Ele estar no pão? A Palavra de Deus ensina-nos que Ele foi, em to­das as coisas, feito igual aos seus irmãos. Portanto não pode estar ao mesmo tempo em cada um dos milhares de altares onde a Eucaristia se está celebrando". Lutero: "Se eu tivesse desejo de discutir assim, havia de procurar pro­var que Jesus Cristo teve uma esposa com olhos pretos, e que viveu no nosso belo país da Alemanha, pouco me im­porto com a matemática". Zwínglio: "Não se trata aqui de matemática; trata-se de S. Paulo que escreveu aos Filipenses que Cristo tomara a forma de servo, fazendo-se seme­lhante aos homens".
Vendo-se assim batido, Lutero ainda procurou refúgio na sua frase: "Meus caros senhores, visto que o meu Se­nhor Jesus diz: 'Hoc estcorpus meum', eu creio que o seu corpo está realmente ali".
Por um momento parecia que até a paciência de Zwínglio se ia esgotar. Aproximando-se nervoso de Lutero, e batendo na mesa, disse: "Então o doutor sustenta que o corpo de Cristo está literalmente na Eucaristia, visto di­zer: 'O corpo de Cristo está ali'. Ali é um advérbio de lugar. Assim admite que o corpo de Cristo é de tal natureza que possa existir num lugar. Se está em algum lugar, está no Céu, donde se segue que não está no pão".
Contudo, mesmo este argumento foi baldado.
"Repito", disse Lutero com calor, "que não tenho nada que ver com provas matemáticas. Logo que sejam pronun­ciadas sobre o pão as palavras de consagração, o corpo está ali, por mais perverso que seja o sacerdote que as pronun­cia".



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