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9 de outubro de 2018

História Do Cristianismo - Teologia 32.207 - LUTERO NO CONCILIO

História Do Cristianismo - Teologia 32.207


LUTERO NO CONCILIO

Ao entrar na sala do concilio o reformador ficou um tanto assombrado pelo espetáculo pouco vulgar que se lhe apresentava. Logo defronte dele sentava-se, vestido de Púrpura e arminho, Carlos V rei de Espanha e imperador da Alemanha, e ao lado do trono estava seu irmão, o arquiduque Fernando. Á conveniente distância deles estavam colocados príncipes do império, duques, margraves, arce­bispos, bispos, prelados, embaixadores, deputados, con­des, barões e outros. Um tal espetáculo era bastante para perturbar o espírito do monge solitário que tinha passado a maior parte da sua vida na solidão na sua casa de provín­cia, e na cela do mosteiro; mas havia alguém que estava do lado dele, que era mais que suficiente para protegê-lo. Al­guém que tinha dito a Ezequiel nos tempos passados:

"Não os temas, nem temas as suas palavras; ainda que se­jam sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escor­piões, não temas as suas palavras, nem te assustes com os seus rostos!" (Ez 2.6). Era nele que Lutero confiava.

Os trabalhos daquele dia foram começados pelo chan­celer de Treves, um amigo de Aleander. No meio de um so­lene silêncio levantou-se do seu lugar e dirigiu a Lutero as seguintes perguntas: "Em primeiro lugar, queremos saber se estes livros" - e apontou para as obras de Lutero que es­tavam sobre a mesa - "foram escritos por vós. Em segundo lugar, se estais pronto a retratar-vos do que escrevestes nestes livros, ou se persistis nas opiniões que neles expusestes". Depois de ter trocado algumas palavras com o seu advogado, Lutero deu uma resposta afirmativa à primeira pergunta, mas pediu algum tempo para considerar a se­gunda. O seu pedido foi satisfeito e assim combinaram dar-lhe até ao dia seguinte para pensar no assunto.
Aquele espaço de tempo, exceto uns poucos momentos dedicados aos seus amigos, foi empregado por Lutero em fervente oração a Deus, e assim animado apresentou-se pela segunda vez perante o tribunal dos homens, mas esta vez forte e ousado; e quando o chanceler lhe fez de novo a pergunta ele respondeu-lhe com tanta facilidade que ar­rancou exclamações de admiração dos seus amigos, e con­fundiu os seus inimigos. As suas censuras a todo o sistema do papismo foram fortes e incontestáveis.
Lutero terminou o seu discurso com palavras enérgicas de aviso ao imperador Carlos, e pediu-lhe a proteção que a malícia dos seus inimigos tornava necessária. Sendo insta­do para que desse uma resposta mais explícita à pergunta do chanceler, respondeu prontamente: "Visto que vossa majestade e vós poderosos senhores me exigem uma res­posta clara, simples e precisa, dar-vo-la-ei, e essa resposta é a seguinte - não posso submeter a minha fé nem ao papa nem aos concílios, porque é claro como o dia que eles mui­tas vezes têm caído em erro, até nas mais palpáveis contra­dições, com eles próprios. Se, portanto, não me convencerdes pelo testemunho das Escrituras, se não me persuadirdes pelos próprios textos que tenho citado, libertando as­sim a minha consciência por meio da Palavra de Deus, eu não posso nem quero retratar-me, porque não é seguro para um cristão falar contra a sua consciência". Em segui­da, olhando em volta daquela assembléia, no meio da qual se conservava de pé, e que tinha bastante poder para o condenar, disse - "Tendo dito... aqui estou. Não posso pro­ceder de outro modo... Deus me ajude! Amém".
Estavam agora justificados os receios dos amigos de Lutero, de que Roma havia de proceder traiçoeiramente na questão do seu salvo-conduto; e se o imperador tivesse sido como Sigismundo tudo naquele dia teria acabado para o reformador.


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