História De Israel – Teologia 31.197
CAPÍTULO 24
ANTÍGONO, AJUDADO PELOS PARTOS, CERCA INUTILMENTE FAZAEL E
HERODES NO PALÁCIO DE JERUSALÉM. HIRCANO E FAZAEL DEIXAM-SE
PERSUADIR PARA PROCURAR BARZAFARNÉS.
607. Antígono
prometeu aos partos mil talentos e quinhentas mulheres se eles tirassem o reino
de Hircano e o entregassem a ele e mandassem matar Herodes com todos os seus
partidários. Eles marcharam então para a )udéia, embora ainda não tivessem
recebido aquela soma. Pacoro avançou ao longo do mar, e Barzafarnés, pelo meio
das terras. Os tírios recusaram-se a receber Pacoro, mas os sidônios e os
tolemaidos abriram-lhe as portas. Ele mandou adiante, para a Judéia, um corpo
de cavalaria comandado pelo seu mordomo-mor, que se cha-mava Pacoro, como ele,
para fazer um reconhecimento por todo o país e ordenou-lhe agir em conjunto com
Antígono.
Os judeus que moravam no monte Carmelo dirigiram-se a
Antígono, e ele julgou poder, por esse meio, apoderar-se daquela parte do país,
que se chama Druma. Os judeus uniram-se a eles e então avançaram até Jerusalém,
onde, aumentando ainda mais o seu poder com um maior número de homens, sitiaram
Fazael e Herodes no palácio real. Os dois irmãos atacaram-nos no grande
mercado, repeliram-nos, obrigaram-nos a se retirar ao Templo e puseram soldados
nas casas que estavam próximas. O povo sitiou-os lá, incendiou as casas e
queimou os que as defendiam. Herodes não demorou muito para se vingar, atacando
e matando um grande número deles. Não se passava um dia em que não houvesse
alguma escaramuça.
Antígono e os de seu partido esperavam com impaciência a
festa de Pente-costes, que estava próxima, porque uma grande multidão de povo
viria de todas as partes para celebrá-la. Aquela oportunidade veio, e o povo
começou a chegar. Uns vinham armados, e outros, sem armas. Encheram o Templo e
toda a cidade, exceto o palácio, do qual Herodes guardava o interior com poucos
soldados, enquanto Fazael guardava o exterior. Herodes atacou os inimigos que
estavam nos arrabaldes e, depois de um renhido combate, pôs em fuga a maior
parte, muitos dos quais se retiraram para a cidade, outros para o Templo e
outros ainda para trás das defesas que estavam próximas. Fazael agiu então
muito bem e com acerto.
Pacoro, o mordomo, entrou na cidade com poucos homens, a
rogo de Antígono, com o pretexto de apaziguar a perturbação, mas tinha na
realidade o propósito de fazê-lo rei. Fazael veio à sua presença e o recebeu
muito bem no seu palácio. Pacoro, para fazê-lo cair na armadilha, aconselhou-o
a ir procurar Barzafarnés. Fazael, que de nada desconfiava, deixou-se
persuadir, contra a opinião de Herodes, que, conhecendo bem a perfídia daqueles
bárbaros, o aconselhava a fazer o contrário, isto é, a se desfazer de Pacoro e
de todos os que tinham vindo com ele. Assim, Hircano e Fazael se puseram a
caminho, e Pacoro cedeu-lhes duzentos cavaleiros e dez daqueles que se chamavam
livres, para acompanhá-los.
Chegando à Galiléia, os governadores das praças vieram com
armas encontrá-los, e Barzafarnés, de início, recebeu-os muito bem e deu-lhes
presentes, mas depois ficou pensando em como se desfazer deles. Levou-os a uma
casa perto do mar, onde Fazael soube que Antígono tinha prometido a Barzafarnés
mil talentos e quinhentas mulheres. Começou então a desconfiar, e também o
avisaram de que naquela mesma noite lhe dariam guardas para se apoderar de sua
pessoa, o que de fato teria sido feito sem se esperar que os partos que estavam
em Jerusalém tivessem se apoderado de Herodes, para que este não escapasse
quando soubesse que Hircano e Fazael haviam sido presos.
Pareceu logo que aquele aviso era verdadeiro, pois viram chegar
os guardas. Aconselharam então Fazael, particularmente um certo Ofélio, que
descobrira o segredo por meio de Saramala, o mais rico de todos os sírios, a
montar imediatamente num cavalo para se salvar. Ofereceu-lhe navios para esse
fim, porque não estavam longe do mar. Mas Fazael julgou que não devia abandonar
Hircano e deixar Herodes, seu irmão, em perigo. Assim tomou a deliberação de ir
procurar Barzafarnés e disse-lhe que não podia, sem uma extrema injustiça e sem
desonrá-lo, atentar contra a vida de pessoas que o tinham vindo procurar de boa
fé e das quais não tinha motivo para se queixar. Se precisava de dinheiro, ele
poderia dar-lhe muito mais que Antígono. Barzafarnés protestou com juramento
que nada havia de mais falso que aquilo que lhe haviam dito e foi procurar
Pacoro.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario