História Do Cristianismo -
Teologia 32.17
POLICARPO E O GOVERNADOR
Era este o sítio onde tinham
chegado os jogos e exposições sagradas; e conta-se que na ocasião de entrar na
arena, uma voz, como que vinda do céu, exclamou: "Sê forte Policarpo, e
porta-te como um homem". Seja como for, um poder que não era humano
susteve o servo de Deus, e quando o cônsul, comovido com o seu aspecto
venerável, pediu-lhe que jurasse pela alma de César, e dissesse: "Fora com
os ímpios!" O velho mártir, apontando para os bancos cheios de gente,
repetiu com tristeza: "Fora com os ímpios!" "Jurai", disse
o governador, compadecido, "e eu vos mandarei embora. Renegai a
Cristo." Mas Policarpo respondeu com brandura: "Tenho-o servido
durante oitenta e sete anos, e nunca Ele me fez mal. Como posso eu agora
blasfemar contra o meu Rei e Salvador?"
"Jurai pela alma de
César", repetiu o governador ainda inclinado à compaixão, mas Policarpo
respondeu: "Se julgais que hei de jurar pela alma de César como dizeis, e
fingis não saber quem eu sou, ouvi a minha confissão livre: sou cristão; e se
desejais conhecer a doutrina do cristianismo, concedei-me um dia para
falar-vos e escutai-me". 0 governador, notando com inquietação o clamor da
multidão, pediu ao ancião que abjurasse sua fé, mas Policarpo se negou a fazer
isso. Tinham-lhe ensinado a honrar os poderes superiores, e sujeitar-se a eles
porque eram ordenados por Deus, mas quanto ao povo, principalmente no estado
atual de turbulência em que se encontrava, nada lhe apresentaria em sua defesa.
"Tenho à mão animais ferozes", disse o governador,
"lançar-vos-ei a eles, se não mudardes de opinião" - "Mandai-os
vir", disse Policarpo tranqüilamente.
O velho peregrino alegrava-se
com a perspectiva de se ver prontamente livre de um mundo ímpio e cheio de perseguições,
e sua tranqüila intrepidez exasperou o governador, que por esse motivo ameaçou
queimá-lo, mas o intrépido Policarpo respondeu: "Ameaçais-me com o fogo
que arde por um momento, e depressa se apaga, mas nada sabeis da pena futura, e
do fogo eterno reservado aos ímpios".
O governador perdeu
completamente a paciência, mandou um arauto apregoar no meio da arena:
"Policarpo é cristão". Esta proclamação foi repetida três vezes, como
era de costume e a raiva da população chegou ao auge. Viram no velho
prisioneiro um homem que tinha desprezado os seus deuses, e cujo ensino tinha
retirado o povo dos seus templos, e tornou-se geral o grito de: "Lancem
Policarpo aos leões!"
Mas a hora do espetáculo já tinha
passado, e o asiarca que tinha aos seus cuidados os espetáculos públicos recusou-se
a fazer a vontade do povo. Se ainda estavam dispostos a dar-lhe a morte,
tinham de escolher qualquer outro dia: assim pois, se ouviu imediatamente o
grito para que Policarpo fosse queimado. A lenha e a palha estavam ali à mão, e
a vítima depois de ser despojada da sua capa, foi levada às pressas para o
poste. Queriam pregá-lo a ele, mas Policarpo pediu-lhes para ser simplesmente
atado, e concederam-lhe isso.
Tendo em seguida recomendado a
sua alma a Deus deu o sinal ao algoz, e este logo lançou fogo à palha. Mas, diz
a tradição, os acontecimentos maravilhosos do dia ainda não tinham chegado ao
seu fim. Por qualquer razão desconhecida, as chamas não tocaram no corpo de
Policarpo, e os espectadores, vendo-se enganados, olhavam uns para os outros na
maior admiração.
Contudo, o ódio venceu a
superstição, e pediram ao algoz que matasse a vítima a golpes de espada. Assim
se fez, o golpe fatal foi imediatamente dado, e naquele momento de cruel
martírio, o fiel servo do Senhor entregou a alma a Deus, e ficou para sempre
longe do alcance dos seus perseguidores.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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