Estamos em Manutenção # We are in Maintenance Bem Vindos a Este Espaço # Welcome to This Space

10 de setembro de 2013

Doutrinas Bíblicas - Teologia 14.02 - A Doutrina da Trindade

Doutrinas Bíblicas - Teologia 14.02


A DOUTRINA DA TRINDADE

Trindade: Doutrina bíblica que repousa essencialmente sobre duas premissas:

1)    O monoteísmo é uma verdade;

2)  A divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, também é uma verdade.   Portanto, temos um único Deus, mas três pessoas.

A Bíblia Sagrada diz explicitamente que existe um único Deus (Dt 6.4; Mc 12.29-  32).  O  apóstolo  João,  conhecido  como  apóstolo  do  amor,  diz  no  Evangelho   escrito  por  ele:  Ora  a  vida  eterna  é  esta:  que  conheçam  a  ti,  o  único  Deus   verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste (Jo 17.3).  

João registrou essas palavras do Senhor Jesus Cristo, deixando claro que existe   um  único  Deus  Verdadeiro,  neste  versículo  a  expressão  Deus  Verdadeiro  está   claramente associada à pessoa do Pai. Na declaração do Senhor Jesus o Pai é o   único Deus Verdadeiro. Porém, o mesmo João que escreveu o Santo Evangelho   que  leva  o  seu  nome,  escreveu  também  na  sua  Primeira  Epístola  Universal  no   capítulo  5  e  versículo  20:  Também  sabemos  que  o  Filho  já  veio,  e  nos  deu
entendimento  para  conhecermos  aquele  que  é  verdadeiro.  E  estamos  naquele   que é verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a   vida eterna. Essas palavras afirmam categoricamente a divindade de Jesus: Ele é   o Verdadeiro Deus e a vida eterna.

Podemos observar que o mesmo João que escreveu no Quarto Evangelho, foi o   autor  da  1ª  Epístola  a  que  referimos.  Assim  sendo,  ele  atribui  a  palavra  Deus    Verdadeiro,  tanto  à  pessoa  do  Pai,  como  à  pessoa  do  Filho.  Esses  textos  são   provas explícitas de que o apóstolo João conhecia a Unidade Composta de Deus,   ou  seja,  a  unidade  de  essência  de  Deus  como  sendo  único  e  verdadeiro,   composto por pessoas, neste caso: Pai e Filho. Não estou dizendo que o Pai seja   o Filho, de maneira alguma, mas que o Pai e o Filho são duas pessoas como o   próprio João declara: Graça, misericórdia, e paz, da parte de Deus Pai e de Jesus   Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor (2 Jo 1.3).

Se o Pai é chamado de Deus Verdadeiro (Jo 17.3) e o Filho é chamado de Deus

Verdadeiro (1 Jo 5.20), e o Espírito Santo é chamado de Deus (Atos 5.34), e, em

Isaías capítulo 43 versículo 10 e 11 lemos:
Vós  sois  as  minhas  testemunhas,  diz  o  Senhor,  e  o  meu  servo,  a  quem  escolhi,   para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de   mim  deus  nenhum  se  formou,  e  depois  de  mim  nenhum  haverá.  Eu,  eu  sou  o   Senhor,  e  fora  de  mim  não  há  Salvador;  se  existem  três  pessoas  chamadas  na   Bíblia de Deus Verdadeiro e ela não admite outro deus ou Deus, senão o Deus   único, ou admitimos a pluralidade na unidade ou somos obrigados a admitir um   politeísmo barato, insuportável e grosseiro.

O  Unicismo  (Movimento  que  nega  as  pessoas  da  Trindade.  Também  chamado   “só   Jesus”.)   tenta   explicar   o   assunto   desenvolvendo   a   teoria   das   três   manifestações.  Seria  um  único  Deus  Verdadeiro  que  se  manifestara  em  três   formas,  ora  como  Pai,  ora  como  Filho,  ora  como  o  Espírito  Santo.  Essa  teoria   unicista   não   encontra   sustentação   na   verdade   bíblica,   já   que   na   Bíblia   encontramos  passagens  deixando  claro  que  são  pessoas  distintas  e  não  meras   manifestações (Jo 1.1-3; 8.16-18; 15.26).  

O apóstolo João diz: Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o   Cristo?  Esse  mesmo  é  o  anticristo,  esse  que  nega  o  Pai  e  o  Filho  (1  Jo  2.22).   Embora  esses  versículos  foram  escritos  para  proteger  a  Igreja  do  gnosticismo,   nos  ensina  que  não  podemos  negar  a  personalidade  das  pessoas.  Quem  nega
que  Jesus  é  o  Cristo,  quem  nega  a  personalidade  do  Pai  e  a  personalidade  do   Filho  é  classificado  como  mentiroso,  contrário  a  Cristo,  já  que  negar  essas   verdades bíblicas são características da doutrina do espírito do anticristo e não   do cristianismo ortodoxo.

Algumas seitas por não compreenderem o mistério de Deus-Cristo, criaram uma   teoria “racionalista paradoxal” negando a divindade de Cristo e a pluralidade na   unidade divina (1 Tm 3.16).

Assim desenvolveram um sistema doutrinário peculiar, ou seja, a crença em duas   divindades, uma todo-poderosa, chamada de Jeová e outra menos poderosa ou   apenas  Poderosa,  chamada  de  Jesus.  Esse  ensino  caí  de  vez  no  politeísmo,  ou   seja, a crença em duas ou mais divindades. Algo que é impensável  na fé cristã   monoteísta. Bem diz o Credo Niceno ou Atanasiano: Pois da mesma forma que   somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer cada Pessoa, por si mesma,   como Deus e Senhor. Assim também somos proibidos pela religião católica (uni-  versal) de dizer: Existem três deuses ou três senhores.

A  crença  num  Deus  eternamente  subsistente  em  três  Pessoas:  Pai,  Filho  e   Espírito Santo contempla a realidade bíblica sem ferir o monoteísmo ético. Não
enveredamos  para  o  politeísmo  nem  para  a  negação  das  pessoas.  Assim,  a   doutrina da Trindade não é irracional e antibíblica como querem os grupos não   ortodoxos, mas é plenamente bíblica e verdadeira.

Temos, porém, de ter em mente que as seitas arianas não conseguem dissociar a   palavra Deus do Pai. Todas as vezes que dizemos que Jesus é Deus, elas, no seu   complexo    sistema    de    entendimento,    acusam    a    idéia    de    que    estamos   confundindo o Pai com o Filho. As seitas arianas precisam entender que quando   estamos falando de que Jesus é Deus, não estamos dizendo que Jesus é o Pai que   seja  o  Espírito  Santo.  Mas  o  sistema  de  entendimento  desenvolvido  por  essas   seitas não permite esse raciocínio, e a primeira coisa que ouvimos delas quando   falamos que Jesus é Deus, são as seguintes indagações: “Se Jesus é Deus então   Ele orou para si mesmo? Se Jesus é Deus então o céu ficou vaziou quando Ele   veio  a  terra?  Se  Jesus  é  Deus  então  Deus  morreu?”  Tudo  isso  porque  elas   confundem  as  pessoas  da  divindade.  Essas  perguntas  das  seitas  arianas  devem   direcionar para os unicistas e não para os que acreditam na Trindade. Já que a   Trindade são três Pessoas em unidade divina, daí o motivo de qualquer das três   Pessoas poder ser chamada de Deus.
Outro  problema  levantado  pelas  seitas  que  rejeitam  a  doutrina  da  Trindade  é   aplicar  as  passagens  bíblicas  que  se  referem  ao  Filho  como  homem,  para   contradizer  sua  natureza  divina.  Ignoram  que  o  Senhor  Jesus   possui  duas   naturezas:  a  divina  e  a  humana,  assim,  essas  seitas  apresentam  as  passagens   bíblicas que provam a humanidade de Jesus para negar a sua divindade, sendo   que essas passagens não contradizem sua divindade, apenas provam sua outra   natureza, a humana. Assim como as passagens que revelam a divindade de Jesus   não  contradizem  sua  natureza  humana,  mas  simplesmente  revelam  sua  outra   natureza a divina, já que o Filho possui duas naturezas, verdadeiro homem (1 Tm   2.5) e verdadeiro Deus (1 Jo 5.20).     

Assim  reza  o  Credo  Niceno  acerca  de  Jesus:  Igual  ao  Pai  no  tocante  à  sua   Deidade, e inferior ao Pai no tocante à sua humanidade.

No importante documento intitulado Tomo de Leão, que foi bispo de Roma (440- 461) parte III diz:  

Assim,   intactas   e   reunidas   em   uma   pessoa   às   propriedades   de   ambas   as   naturezas,  a  majestade  assumiu  a  humildade,  a  força  assumiu  a  fraqueza,  a eternidade  assumiu  a  mortalidade  e,  para  pagar  a  dívida  de  nossa  condição,  a   natureza inviolável uniu-se à natureza que pode sofrer.  

Desta maneira, o único e idêntico Mediador entre Deus e os homens, o homem   Jesus Cristo, pôde, como convinha à nossa cura, por um lado, morrer e, por outro,   não morrer... e na parte IV diz: Neste mundo fraco entrou o Filho de Deus. Desceu   do  seu  trono  celestial,  sem  deixar  a  glória  do  Pai,  e  nasceu  segundo  uma  nova   ordem, mediante um novo modo de nascimento. Segundo uma nova ordem, visto   que  invisível  em  sua  própria  natureza,  se  fez  visível  na  nossa  e,  Ele  que  é   incompreensível, se tornou compreendido; sendo anterior aos tempos, começou a   existir no tempo; Senhor do universo revestiu-se de forma de servo, ocultando a   imensidade  de  sua  Excelência;  Deus  impassível,  não  se  horrorizou  de  vir  a  ser   carne passível; imortal, não recusou as leis da morte. Segundo um novo modo de   nascimento,  visto  que  a  virgindade,  desconhecendo  qualquer  concupiscência,   concedeu-lhe a matéria de sua carne. O Senhor tomou, da mãe, a natureza, não a   culpa.  Jesus  Cristo  nasceu  do  ventre  de  uma  virgem,  mediante  um  nascimento   maravilhoso. O fato de o corpo de o Senhor nascer portentosamente não impediu   a perfeita identidade de sua carne com a nossa, pois Ele que é verdadeiro Deus, é   também   verdadeiro   homem.   Nesta   união   não   há   mentira   nem   engano.

Corresponde-se numa unidade mútua a humildade do homem e a excelsitude de   Deus. Por ser misericordioso, Deus [divindade] não se altera; por ser dignificado,   o homem [humanidade] não é absorvido. Cada natureza [a de Deus e a de servo]   realiza  suas  próprias  funções  em  comunhão  com  a  outra.  O  Verbo  faz  o  que  é   próprio do verbo; a carne faz o que é próprio à carne; um fulgura com milagres; o   outro se submete às injúrias. Assim como o Verbo não deixa de morar na glória   do Pai, assim a carne não deixa de pertencer ao gênero humano... Portanto, não   cabe  a  ambas  as  naturezas  dizerem:  “O  Pai  é  maior  do  que  eu  ou  “Eu  e  o  Pai   somos um Pois, ainda que em Cristo Nosso Senhor haja só uma pessoa. Deus-ho-  mem,  o  princípio  que  comunica  a  ambas  as  naturezas  as  ofensas  é  distinto  do   princípio que lhes torna comum a glória...

O  autor  evangélico  Robert  M.  Browman  Jr.,  declara  com  muita  propriedade  e   profundo  senso  de  responsabilidade:  Existe  a  escolha,  portanto,  entre  crer  no   Deus verdadeiro conforme Ele se revelou, com mistérios e tudo, ou crer num Deus   que é relativamente fácil de ser compreendido, mas que tem pouca semelhança   com o Deus verdadeiro, Os trinitários estão dispostos a conviver com um Deus a   quem   não   conseguem   compreender   plenamente,   já   que   adoramos   a   Deus   conforme Ele se tem revelado.

Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada, 
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA




0 Comentários :

Postar um comentário

Deus abençoe seu Comentario